Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Jeffrey Epstein, foi hoje condenada a 20 anos de prisão por ter ajudado o milionário a aliciar raparigas adolescentes para serem abusadas sexualmente.

A sentença conhecida hoje foi o culminar de uma acusação que detalhou que Maxwell e Epstein ostentavam as suas riquezas e ligações com pessoas proeminentes para preparar raparigas vulneráveis e depois explorá-las.

Os crimes ocorreram quando o casal convivia com algumas das pessoas mais famosas do mundo, incluindo os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e Donald Trump, bem como o príncipe britânico André e o fundador da Microsoft, Bill Gates.

Jeffrey Epstein foi encontrado morto na prisão enquanto aguardava julgamento. Ghislaine Maxwell negou ser cúmplice do antigo namorado.

Na passada quinta-feira, o Ministério Público norte-americano havia pedido uma pena de pelo menos 30 anos de prisão para a britânica.

A acusação dizia que a antiga colaboradora e ex-companheira do norte-americano Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em 2019, devia cumprir entre 30 e 55 anos de prisão.

A defesa alegou ainda que a britânica enfrentou ameaças de morte e condições adversas na prisão, onde perdeu cabelo e peso.

Mas o Ministério Público argumentou que Maxwell desempenhou um "papel instrumental no horrível abuso sexual de várias adolescentes", entre 1994 e 2004, em algumas das casas de Epstein nos estados da Florida, de Nova Iorque e do Novo México.

Em dezembro, Maxwell foi declarada culpada de cinco das seis acusações que lhe eram feitas, relacionadas com a exploração sexual de raparigas com 14 anos.

Epstein foi detido, em 2006, na Florida, num caso de abuso sexual de crianças, mas acabou por se suicidar na prisão em 2019, antes de ir a julgamento.

As disputas legais que envolvem a britânica e Jeffrey Espstein ainda não terminaram e Ghislaine Maxwell aguarda julgamento por duas acusações de perjúrio.

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