Agir usou a sua conta oficial de Instagram para na noite de terça-feira, 29 de junho, tornar público um desabafo através do qual deixa clara a sua opinião sobre a ilegalização do aborto.

"Ilegalizar a interrupção voluntária da gravidez será mesmo uma questão de liberdade?", começou por questionar.

"Nunca vou perceber as pessoas que dizem que se deve respeitar a liberdade de cada um, mas que apoiam leis que não permitem aos outros serem livres", apontou, passando a explicar por que devem todos os que são contra o procedimento respeitar a sua legalização.

"És contra o aborto?

Muito bem, respeito. Se o legalizarem poderás perfeitamente continuar a ser. Não vais ser obrigado a fazê-lo. Simplesmente, quem não pensa como tu, poderá viver a sua liberdade, coisa que não acontece se não for legalizado. Se não for legalizado, eu serei obrigado a viver como tu achas que eu devo viver, quando, ao contrário, o mesmo não se sucede", disse.

Agir respondeu ainda a quem acredita que se o aborto for ilegal vai deixar de existir: "Errado. Se for ilegalizado, existirão à mesma mas em condições muitas vezes clandestinas, pondo, assim, em risco a vida da mulher em causa. Quer dizer, isto se for pobre, porque se tiver dinheiro, poderá até ser contra o aborto mas conseguirá sempre ir (hipocritamente) a um país onde o mesmo se possa fazer, como muitas vezes podemos constatar".

O músico defende ainda que a legalização não faz com que os casos aumentem e nota que "em países como Portugal, Espanha ou Uruguai, os casos diminuíram ou estabilizaram".

"Resumindo, todos temos direito a ter uma convicção e a viver com ela. A nossa convicção não pode, jamais, é condicionar a vida dos que não partilham a mesma visão", terminou.

Leia Também: Duras críticas e fim de colaborações. Famosos contra fundador da Prozis