Marina Mota esteve ontem à conversa com Cláudio Ramos e Maria Cerqueira Gomes durante o programa da TVI 'Em Família', no qual aproveitou para apresentar a sua enorme indignação perante a forma como o setor da Cultura tem vindo a ser tratado ao longo desta pandemia.

Apoiando-se na Constituição e defendendo que todos têm direito ao trabalho, a atriz lamentou as medidas que têm sido impostas pelo governo, as quais prejudicam seriamente todos os seus colegas.

"Eu não minimizo nada os efeito trágicos desta pandemia. Mas as pessoas que dizem 'fiquem em casa, protejam-se' são aquelas que têm a sua subsistência garantida ao final do mês. Eu também o faço se me garantirem. Se nos querem em casa, paguem às pessoas para ficarem em casa", notou, referindo que há uma série de trabalhadores a passarem por grandes dificuldades.

"Não somos menores. Não venham dizer que vão dar 400 euros e um saquinho de batatas. Chega desta hipocrisia estúpida que estamos todos a viver. Alguém tem de fazer alguma coisa. Temos de ser unidos", afirmou, mostrando a sua solidariedade para com o grupo de empresários que continua num protesto frente à Assembleia da República.

"Os meus colegas técnicos não são invisíveis. Isto não se faz a uma classe. Temos de ter alguém que nos represente e que nos salve", acrescentou, lamentando o facto de muito pouco ter sido feito até ao momento.

Marina termina dizendo que "não está magoada, mas sim chateada". Considerando-se uma privilegiada atualmente, uma vez que tem dinheiro para viver, esta evidenciou que os rostos que aparecem na televisão e que são pagos para isso não são os que estão a sofrer, mas aqueles que se encontram sem trabalho há meses.

Veja o discurso de Marina Mota:

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