Dalila Carmo foi uma das artistas que integrou o elenco da nova série da TVI - 'Pecado', onde dá vida à personagem de Rosa, uma mulher conservadora, que tenta a todo o custo agradar às pessoas e manter as aparências.

Estivemos à conversa com a atriz durante uma conferência de imprensa para jornalistas, onde nos falou deste desafio que estreia no sábado, 25 de setembro.

"Cada um de nós foi responsável pela construção da sua personagem, não houve uma preparação específica", começa por referir Dalila Carmo, notando que a preparação ficou a cargo da "sua imaginação".

"A minha imaginação disse-me para atentar a um lado mais coquete, que a Rosa tivesse uma certa coqueteria associada à solidão. É uma mulher que está bastante formatada e que vive muito refém da sociedade que a rodeia naquela aldeia", revela.

Sendo o tema da série um 'amor proibido' entre um padre [Pedro Lamares] e uma paroquiana [Daniela Melchior], Dalila espera que o público não só reaja à história, mas ao próprio debate que o tema inclui. "A controvérsia é sempre uma coisa boa, se ela aparecer é bom sinal, é sinal de que a história está viva. Espero que haja pelo menos uma reação".

Tendo sido este projeto gravado há dois anos, questionou-se se a atriz sentia alguma ansiedade quanto à sua apresentação ao público. Dalila respondeu que não, uma vez que já se habituou a estes tempos de espera na sua profissão. "As novelas são o único trabalho onde podemos ter um retorno quase imediato. É o normal. Faz parte da nossa profissão irmos gerindo as expectativas e a ansiedade. Quando nos habituamos e encaramos isso como parte do processo, é aguardar pelo momento oportuno".

Dalila destacou ainda como pontos positivos deste projeto, que lhe trouxeram uma maior qualidade, o facto de os atores terem tido a possibilidade de ensaiar juntos as cenas antes das gravações.

Por fim, a atriz mostrou estar com os pés bem assentes na terra quando o assunto foi a possível distinção internacional da trama.

"Quando fazemos alguma coisa, o ponto de partida é que o projeto corra bem. Estar com expectativas internacionais é quase um bocadinho de desfasar da realidade. Primeiro queremos que as coisas estreiem, que fiquem boas, bonitas, [aí] não estou a pensar no Óscar ou no Emmy. Tento viver o mais no presente possível. Sabemos que a indústria não depende apenas da qualidade e da nossa boa vontade", defende.

"Quando um projeto é nomeado não quer dizer que seja perfeito. Convém nunca perdermos a capacidade de discernimento. Não são os prémios que nos validam - temos um pensamento crítico sobre aquilo que fazemos - haja ou não haja nomeações", termina.

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