Durante a manhã de hoje, a Fenprof divulgou o nome de 122 escolas públicas e privadas onde existiam ou tinham existido casos de covid-19.

Na sequência da divulgação do documento, “houve diversos contactos estabelecidos com a Fenprof que levam à sua atualização, somando agora 141 estabelecimentos”, refere a federação em comunicado enviado para as redações.

Em cinco horas, a Fenprof foi informada de mais 23 casos, mas também teve de retirar da lista quatro estabelecimentos de ensino, por não terem registado surtos em ambiente escolar durante o atual ano letivo.

Em causa estava o Agrupamento de Escolas (AE) Monte da Ola, em Viana do Castelo, e o AE de Santa Maria Maior, que conta com alunos de quarentena, mas por infeção em familiares, explica a Fenprof.

Também a Escola Secundária Jaime Cortesão, em Coimbra, e a Fundação António Aleixo, em Quarteira, desapareceram da lista porque os casos de infeção ocorreram no final do ano letivo anterior.

A lista de escolas divulgada hoje pela Fenprof está disponível no site da federação, que promete ir atualizando as informações.

Com a listagem de escolas, a Fenprof veio pôr em causa dados avançados na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) que apontavam para apenas 23 surtos ativos em ambiente escolar.

A Fenprof voltou hoje a pedir ao Ministério da Educação a lista de estabelecimentos em que já houve ou existem casos assim como o pedido para saber quais os procedimentos adotados em cada um deles.

A estrutura sindical lembra que a tutela tem dez dias para responder ao pedido e que avançará para tribunal caso passe o prazo estipulado sem que o ministério dê qualquer informação.

A Fenprof volta a criticar a forma como as autoridades estão a lidar com os surtos registados em ambiente escolar, lamentando que existam medidas distintas entre escolas.

Por norma, a pessoa infetada é colocada em isolamento profilático. No entanto, “todos os que, com ela, partilharam espaços continuam a deslocar-se às escolas, sem que seja realizado qualquer teste”, critica a federação.

Na quinta-feira, o secretário-geral da Fenprof tinha condenado o facto de se fazerem poucos testes de despistagem, recordando que os jovens são muitas vezes assintomáticos.

“Quando surgem casos de Covid-19, a norma tem sido a não-realização de testes, pedindo-se, apenas, que cada um esteja atento à eventualidade de serem desenvolvidos sintomas sugestivos de estar infetado”, reforça o comunicado de hoje.

Além disso, acrescenta, os docentes “têm de se manter ao serviço sem realizarem qualquer teste” mesmo quando têm turmas a cumprir quarentena.

A Fenprof volta por isso a exigir ao ministério que sejam adotados procedimentos padronizados em todos os concelhos do país e que sejam realizados testes sempre que surjam situações de covid-19 nas escolas.