Eugénie Trochu. É este o nome da sucessora de Emmanuelle Alt que, nos últimos 10 anos, dedicou a sua vida à edição francesa da Vogue. A decisão foi anunciada no início do mês naquela que é apenas uma das mudanças que estão em curso nas diversas edições da bíblia da moda.

De acordo com a publicação de moda, Trochu começou como estagiária e no decorrer dos últimos anos tornou-se fashion editor e market editor da versão online e impressa da Vogue Paris.

“A sua paixão e dedicação para com o mundo da moda só saiu fortalecida”, disse Anna Wintour sobre a nova Head of Editorial Content que, ao longo da sua carreira, “tendo sido instrumental no desenvolvimento de relações forte dentro da comunidade da moda e construir a presença digital da Vogue no mercado.”

Este é o fim de uma era para a bíblia da moda parisiense que, com a saída de Emmanuelle Alt, dá por terminada uma parceria de 20 anos. “Estou profundamente orgulhosa em anunciar aquela que vai ser a minha última edição da Vogue Paris e os seus 100 anos de existência com uma edição especial de aniversário. Foi um grande privilégio para mim poder ajudar na sua criação”, pode ler-se no post de despedida que a francesa colocou na sua página oficial de Instagram.

Mas os ventos de mudança não se ficam por aqui. A edição italiana também está a passar por transformações na sua liderança, com Francesca Ragazzi a ser a aposta da Vogue para assumir o cargo de Head of Content. Recorde-se que o desde 2017 que o cargo de editor-in-chief era ocupado por Emanuele Farneti.

“Num mundo onde a única coisa constante é a mudança, a Vogue está a liderar um novo caminho no sistema de publicação. Sob a liderança de Anna Wintour e Edward Enninful e em colaboração com os meus colegas à volta do mundo, temos a oportunidade de construir um novo futuro e desenvolver formas entusiasmantes de interagir com as nossas audiências”, disse Ragazzi na sua pagina oficial de Instagram ao partilhar a notícia com os fãs.

De acordo com o site Fashionista, em dezembro de 2020 a Condé Nast anunciou que "estava a reconfigurar a sua estrutura de liderança editorial a nível global, colocando editores chave ao comando de títulos em diferentes mercados.” Uma mudança que se tornou evidente nas edições alemã, espanhola, japonesa, indiana, chinesa e russa que, no ano passado, sofreram alterações de fundo na sua liderança.

"A reformulação e investimento em operações editoriais vão transformar a forma como as equipas creativas criam, partilham, traduzem, adaptam e distribuem conteúdo através das plataformas e formatos. Ao fortalecer a habilidade de cada marca de trazer talento e o melhor jornalismo e storytelling numa infraestrutura de media global, a empresa vai, de forma mais efetiva, ao encontro dos interesses atuais e futuros dos anunciantes e dos leitores", disse a empresa em comunicado.