Existem diferentes tipologias de doenças cardiovasculares, sendo as mais frequentes a aterosclerose, as arritmias, a cardiomiopatia e a hipertensão arterial. As mais graves são as que afetam as artérias coronárias e as artérias do cérebro. 

Na sua origem estão depósitos irregulares de gordura que se desenvolvem nas paredes das artérias, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correta irrigação do coração. Assiste-se assim a uma insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita na sua atividade regular. A falta de oxigenação dos tecidos pode originar um enfarte. Nos casos clínicos de enfarte do miocárdio e de angina de peito, os depósitos de gordura surgem nas artérias coronárias, já nas situações clínicas de acidente vascular cerebral surgem nas artérias do cérebro.

A prevalência das doenças cardiovasculares causa impacto ao nível social, e económico, realçando a necessidade constante de prevenção destas doenças junto da população.

O nosso comportamento pode evitar e controlar a maioria das doenças cardiovasculares. É muito importante controlarmos um conjunto de fatores de risco como a hipertensão arterial, níveis de açúcar no sangue, níveis de colesterol e triglicerídeos, redução do consumo do sal, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e hábitos tabágicos, manter uma alimentação saudável e recorrer à prática de exercício físico. 

Existem outros fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, estes não modificáveis, como o sexo, a idade e a genética, onde perante o histórico familiar destas doenças existe uma maior predisposição do paciente para o desenvolvimento das mesmas.  

Um artigo do médico Germano de Sousa, Especialista em Patologia Clínica.