Desse total, 2.173 óbitos e 73.453 casos de infeção foram contabilizados nas últimas 24 horas, com especialistas em Saúde a preverem uma terceira vaga da pandemia no país, mesmo sem a segunda ter chegado ao fim.

Os números de vítimas mortais quase triplicaram face aos registados no dia anterior (790), mas as autoridades governamentais frisam que os dados são sempre consolidados às terças-feiras, uma vez que faltam recursos humanos para testar e recolher informações durante os fins de semana.

Os dados confirmam o Brasil, com 212 milhões de habitantes, como o segundo país com mais vítimas mortais em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais diagnósticos de covid-19, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, a taxa de incidência da doença no país atingiu hoje 215 mortes e 7.706 casos por 100 mil habitantes, e a taxa de letalidade permanece em 2,8%.

São Paulo, o Estado mais rico e populoso do país, com 46 milhões de habitantes, é o foco da pandemia no Brasil, concentrando 3.210.204 casos positivos e 108.575 óbitos.

A curva de contágios em solo brasileiro começou a subir nas últimas semanas, com uma média de 66.910 infeções diárias nos últimos sete dias, e as autoridades temem um aumento ainda maior após a identificação no Brasil da estirpe indiana de covid-19, considerada a mais transmissível.

A variante foi identificada no estado do Maranhão, no nordeste do Brasil, e o Governo impôs uma série de medidas sanitárias para tentar conter a sua expansão para o resto do país, incluindo o envio de testes rápidos para aeroportos e zonas fronteiriças.

São Paulo começou hoje a monitorizar os passageiros que chegam de autocarro à cidade mais populosa do Brasil provenientes do Maranhão. Em caso de sintomas ou febre, serão isolados num hotel para cumprir quarentena.

Além disso, apenas 10% da população brasileira recebeu a dosagem completa da vacinação contra a covid-19, num processo que avança lentamente devido à falta de antídotos no país, escassez essa que é investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no senado brasileiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.