A fibromialgia atinge cerca de 2 a 3% da população adulta portuguesa - cerca de 300 mil pessoas. As mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens. A doença inicia-se, em regra, entre os 20 e os 50 anos.

A manifestação frequente e inesperada de dores intensas, que tendem a migrar de uma área corporal para outra, é muitas vezes acompanhada de recorrentes queixas de formigueiros, sensação de adormecimento, tremor e sensação de rigidez de articulações e músculos.

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São também frequentes alterações do padrão de sono, com dificuldade em adormecer, fadiga e sensação de esgotamento físico, e diminuição da capacidade de concentração, os quais podem ter um impacto marcado no dia a dia do indivíduo.

Estudos recentes apontam para o papel de períodos de maior stress e angústia como fatores precipitantes dos sintomas.

Não existe cura para a doença

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Apesar de não existir uma cura para a doença, existem vários tratamentos farmacológicos e não farmacológicos que podem atenuar os sintomas de fibromialgia e melhorar o prognóstico a longo prazo, pelo que o reconhecimento atempado e a intervenção precoce se tornam fundamentais.

A abordagem da fibromialgia deve ser feita numa perspetiva psicossomática, isto é, explorando de que forma os fatores biológicos, psicológicos e sociais interagem entre si e contribuem para a manutenção dos sintomas.

As explicações são do médico Joaquim Cerejeira, psiquiatra na Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra.