De acordo com o último boletim epidemiológico, o país sul-americano totaliza agora 454.429 óbitos e 16.274.695 infeções pelo novo coronavírus desde que a pandemia chegou a solo brasileiro, há 15 meses.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, é o segundo país com mais vítimas mortais em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais diagnósticos de covid-19, superado apenas pelos norte-americanos e pela Índia.

A taxa de incidência da doença no país aumentou hoje para 216 mortes e 7.744 casos por 100 mil habitantes, e a taxa de letalidade continua em 2,8%.

O foco da pandemia no país é São Paulo, Estado onde foi detetado o primeiro caso no Brasil, e acumula 3.226.875 infeções e 109.241 vítimas mortais.

O Brasil voltou a registar uma subida de novos casos da doença nos últimos dias, com especialistas a preverem uma terceira vaga da pandemia no país.

Nesse sentido, o governador ‘paulista’, João Doria, recuou na flexibilização das regras de isolamento social na região.

Já o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, afirmou hoje que o Brasil poderá ter de voltar a intensificar as restrições para conter o avanço da doença.

“Estávamos com medidas de bloqueio, mas quando houve mais disponibilidade de camas [em hospitais], flexibilizou-se [o isolamento social]. Pode haver tendência de aumento de casos, que vai refletir-se em nova pressão sobre o sistema de saúde, mas também pode ser fruto de uma variante. Nós não temos essa resposta ainda”, declarou o ministro, numa audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo o governante, o Ministério da Saúde está vigilante e pronto para orientar os executivos locais sobre medidas para evitar uma terceira vaga.

“De acordo com a situação de cada município, pode ser necessário que se adote uma medida restritiva, mas cabe a cada autoridade municipal. O Ministério da Saúde fica vigilante, para que se possa orientar e vamos trabalhar juntos para que se evite essa terceira onda”, acrescentou.

A variante indiana do coronavírus, denominada B.1.617, foi identificada num passageiro brasileiro de 32 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último fim de semana, e que viajou de seguida para o Rio de Janeiro, onde reside, confirmou hoje o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

Em comunicado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira informou que o passageiro chegou ao Brasil com teste PCR negativo e assintomático, rebatendo críticas de que teria permitido a entrada do passageiro no Brasil e de que não tinha sido evitado o embarque em outro voo, para o Rio de Janeiro.

“Todos os requisitos migratórios foram cumpridos, o que autorizava a entrada do passageiro em questão no País. Os órgãos nacional e local de vigilância em saúde foram prontamente acionados”, indicou.

Com a confirmação, sobe para sete o número de pessoas contaminadas pela variante no país, juntando-se assim a seis tripulantes de um navio da África do Sul, atracado no litoral do Estado do Maranhão.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.487.457 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.