“Este processo [de testagem] foi um desafio porque o universo da faculdade engloba cerca de 25 mil pessoas entre funcionários, alunos, docentes e investigadores. Estabelecer, com a dispersão geográfica, testagem para todos foi uma operação com uma logística complexa”, explicou o vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa, José Fragata.

A universidade estabeleceu quatro pontos de testagem: um no Campus de Campolide, que serve a reitoria, a Faculdade de Direito, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e a Information Management School; outro na Nova Medical School, outro em Carcavelos na Nova School of Business and Economics e uma em Almada na Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Só no Campus de Campolide houve, até à hora de almoço, perto de 400 inscrições para testes rápidos, o que deixou a diretora da Faculdade de Direito, Mariana França Gouveia, com esperança que este processo dê uma confiança acrescida em relação ao semestre anterior, pois permite “identificar os casos de infeção precocemente”.

Os alunos garantem sentir-se mais seguros no regresso ao ensino presencial e elogiam a rapidez dos testes, os quais são marcados através de uma plataforma ‘online’ destinada a esse efeito.

“Sinto-me mais seguro até porque sou aluno deslocado e, apesar de não ter saído de casa nos últimos tempos, tenho de andar de transportes públicos e é sempre benéfico saber que não tenho [Covid-19]”, diz à Lusa o presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito, Diogo Sereno.

Marcela Carneiro, estudante de mestrado da mesma faculdade, fez a marcação do teste para as 11:00 e foi atendida pontualmente.

“A fila está um pouco grande, mas basta chegar com 20 minutos de antecedência”, ressalvou, acrescentando que se sente mais segura em comparação com o ano passado “por causa da testagem”, a qual considera demonstrar “maior responsabilidade por parte da faculdade”.

O vice-reitor afirmou que este processo foi um enorme desafio, mas que é uma “prova de que a universidade nem só ensina nem investiga, mas é também capaz de ser resiliente e de se adaptar a estes novos desafios de saúde”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.946 pessoas dos 831.221 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.