Portugal regista esta segunda-feira mais 20.212 casos de COVID-19 e 20 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.133 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.660.058 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 14.501 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.361.273 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 41,3% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.056 (+10), seguida do Norte com 5.813 óbitos (+1), Centro (3.386, +5) e Alentejo (1.096, +2). Pelo menos 597 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 131 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 54 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.588 doentes internados, mais 139 do que ontem, e 161 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 279.652 casos ativos da infeção em Portugal — mais 5.691 do que ontem — e 227.973 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 3.300 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 660.167 (+8.349), seguida da região Norte (602.742 +7.744), da região Centro (225.805 +1.614), do Algarve (66.556, +652) e do Alentejo (56.546 +452). Nos Açores existem 15.088 casos contabilizados (+216) e na Madeira 33.154 (+1.185).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 3.204,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 2.438,8 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,24, inferior aos 1,32 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,24. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.382 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.164), entre 60 e 69 anos (1.764) entre 50 e 59 anos (560), 40 e 49 anos (193) e entre 30 e 39 anos (50). Há ainda 14 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.063 são do sexo masculino e 9.070 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 282.179 infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 277.857, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 254.591 Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 228.312 reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 181.728, entre os 60 e os 69 anos soma 146.560 e a dos 0-9 anos tem 113.117 infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 88.799 infeções e dos 70 aos 79 anos, com 86.915 casos.

Desde o início da pandemia, houve 778.706 homens infetados e 879.575 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.777 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal entre os quatro da UE com menos mortes diárias

Portugal é um dos quatro países da União Europeia com menos mortes diárias por milhão de habitantes atribuídas à COVID-19 na última semana, descendo de sexto para sétimo estado-membro com mais novos casos diários de contágio por SARS-CoV-2. Segundo o 'site' estatístico Our World in Data, Portugal teve uma média diária de 1,52 mortes por milhão de habitantes atribuídas à COVID-19, a mesma média da Áustria, enquanto a Suécia teve uma média de 0,94 neste indicador e a Irlanda de 1,15.

No lado oposto, a Bulgária apresenta hoje a maior média de novas mortes por milhão de habitantes na última semana (10,96), seguida da Croácia (9,41), Hungria (8,81) e Polónia (8,13).

A nível mundial, e considerando só os países com mais de um milhão de habitantes, Trindade e Tobago está no topo da lista neste indicador, com 15,47 novas mortes diárias, seguida da Bulgária, Geórgia (10,12), Croácia, Hungria e Polónia.

A média europeia de mortes diárias atribuídas à COVID-19 está em 3,56 (desceu de 3,81 na segunda-feira passada), enquanto a mundial se situa em 0,8.

Quanto à média de novos casos diários por milhão de habitantes na última semana, Chipre está no primeiro lugar deste indicador, com 5.050 casos, seguido da Irlanda (4.770), França (3.950), Grécia (3.430) e Dinamarca (3.400). Estes países são também os que apresentam maior média diária de novos casos a sete dias entre as nações e territórios com mais de um milhão de habitantes.

Chipre é também o país da UE com maior média de testes diários por milhar de habitantes (126,66), enquanto Portugal é o quinto estado-membro neste indicador, com uma média diária de 22,39 testes por mil habitantes.

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