Portugal regista esta segunda-feira mais 756 casos de COVID-19 e três óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.068 pessoas com a doença em Portugal e foram identificados 865.806 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 393 casos de recuperação. Ao todo há 820.081 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 484 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 64% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.241 (+3), seguida do Norte com 5.361 óbitos (=), Centro (3.027, =) e Alentejo (972, =). Pelo menos 365 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 33 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 443 doentes internados, mais 38 do que ontem, e 97 em unidades de cuidados intensivos (UCI), o mesmo valor que domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 28.657 casos ativos da infeção em Portugal — mais 360 que ontem — e 40.519 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.629 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 343.638 (+126), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (331.521, +484), da região Centro (121.014, +28), do Alentejo (30.653, +23) e do Algarve (23.155, +69).

Nos Açores existem 5.980 casos contabilizados (+23) e na Madeira 9.845 (+3).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 119,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - uma subida face aos 100,2 de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,18 (superior ao valor de há três dias — 1,14).

No território continental, o R(t) está em 1,19. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.206 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.641), entre 60 e 69 anos (1.537), entre 50 e 59 anos (469), 40 e 49 anos (155, =) e entre 30 e 39 anos (43, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.957 são do sexo masculino e 8.111 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 143.918 casos, seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 127.839 casos, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 125.105. Logo depois surge a faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 125.296 infeções.

Desde o início da pandemia, houve 394.083 homens infetados e 471.309 mulheres, sendo que se desconhece o género de 414 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

A pandemia do novo coronavírus provocou a nível mundial 6.567 mortes nas últimas 24 horas, enquanto o número de novos casos de infeção se situou nos 317.517, indica hoje o balanço diário da France-Presse (AFP). Com o registo destas vítimas mortais nas últimas 24 horas à escala mundial, a crise sanitária associada à doença covid-19 já provocou, até à data, pelo menos 3.868.393 mortes no mundo, de acordo com o mesmo balanço.

No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, mais de 178.401.810 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo. A grande maioria dos pacientes recupera da COVID-19, provocada pelo SARS-CoV-2, mas uma parte destas pessoas ainda relatam sentir alguns sintomas associados durante semanas ou mesmo até meses, segundo a agência noticiosa AFP.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) admite, e tendo em consideração um excesso de mortalidade direta e indiretamente associado à doença covid-19, que os indicadores reais da pandemia possam ser duas a três vezes superiores aos registados oficialmente.

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram, e de acordo com os respetivos balanços nacionais, a Índia com 1.422 óbitos, o Brasil (1.025) e a Colômbia (599).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 601.825 mortes entre 33.541.997 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, a lista dos países mais afetados pela crise pandémica em termos globais é composta pelo Brasil (501.825 mortos e 17.927.928 casos), pela Índia (388.135 mortos e 29.935.221 casos), pelo México (231.187 mortos e 2.477.283 casos) e pelo Peru (190.425 mortos e 2.029.625 casos).

O Peru surge novamente como o país (ou território) que conta atualmente com mais mortos em relação à sua população, com 578 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (310), Bósnia-Herzegovina (294), República Checa (283) e Macedónia do Norte (263).

Por regiões do mundo, a Europa totalizava até hoje às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) 1.158.238 mortes em 53.936.071 casos de infeção confirmados, a América Latina e as Caraíbas 1.238.854 mortes (36.079.492 casos), os Estados Unidos e o Canadá 627.893 mortes (34.950.039 casos), a Ásia 556.976 mortes (39.117.416 casos), o Médio Oriente 147.865 mortes (9.059.557 casos), a África 137.451 mortes (5.207.615 casos) e a Oceânia 1.116 mortes (51.623 casos).

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