Portugal regista esta sexta-feira mais 1.289 casos de COVID-19 e nove óbitos associado à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.193 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.095.337 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 893 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.044.277 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 35,8% dos diagnósticos.

COVID-19: Inverno e Natal tornam inevitáveis novas medidas de proteção em Portugal, alerta cientista e professor universitário
COVID-19: Inverno e Natal tornam inevitáveis novas medidas de proteção em Portugal, alerta cientista e professor universitário
Ver artigo

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.748 (+6), seguida do Norte com 5.599 óbitos (=), Centro (3.190, +2) e Alentejo (1.055, +1). Pelo menos 481 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 74 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 46 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 345 doentes internados, menos 12 do que ontem, e 66 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos sete do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 32.867 casos ativos da infeção em Portugal — mais 387 do que ontem — e 23.281 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 253 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 422.901 (+461), seguida da região Norte (417.430 +369), da região Centro (148.062, +301), do Algarve (44.318, +88) e do Alentejo (40.296, +23). Nos Açores existem 9.433 casos contabilizados (+12) e na Madeira 12.897 (+35).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 106,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 104,3 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,04, superior ao registado há dois dias. Com estes valores, o país está fora do quadrante verde da matriz de risco, passando para uma zona de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,03. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS
COVID-19: Graça Freitas avisa que pandemia não acabou e insiste nas medidas de proteção
COVID-19: Graça Freitas avisa que pandemia não acabou e insiste nas medidas de proteção
Ver artigo

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.873 (+3) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.895, +4), entre 60 e 69 anos (1.654, +2) entre 50 e 59 anos (523, =), 40 e 49 anos (183, =) e entre 30 e 39 anos (47, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.537 são do sexo masculino e 8.656 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 178.314 (+186) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 175.508 (+199), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 161.364 (+194). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 149.224 (+160) infeções reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 117.468 (+133), entre os 60 e os 69 anos soma 101.461 (+127) e a com 80 ou mais anos totaliza 77.735 (+64) casos. Por último, surge a faixa etária dos 0-9 anos com 68.980 (+148) infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 507.023 homens infetados e 587.564 mulheres, sendo que se desconhece o género de 750 pessoas.

Vídeo - O ar dentro de um avião: como são eliminados vírus e bactérias?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.028.536 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China em dezembro de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Press. Mais de 248.541.400 pessoas foram infetadas pelo coronavírus em todo o mundo até às 11:00 de hoje, de acordo com o balanço da AFP.

Na quinta-feira, registaram-se 8.996 mortes e 530.090 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência. Os países que registaram mais mortes nesse dia foram a Rússia (1.192), os Estados Unidos (1.158) e a Bulgária (1.135).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 751.555 mortes e 46.334.961 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 608.671 mortes e 21.849.137 casos, a Índia com 459.873 mortes (34.333.754 casos), o México com 289.131 mortes (3.818.216 casos) e a Rússia com 244.447 mortos (8.714.595 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que regista o maior número de mortes em relação à sua população, com 608 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bulgária (368), Bósnia (357), Macedónia do Norte (345), Montenegro (338) e Hungria (322).

Em termos de regiões do mundo, América Latina e Caribe totalizaram 1.523.641 mortes entre os 46.023.581 casos, Europa 1.418.032 mortes (75.631.991 casos), Ásia 874.759 mortes (56.044.674 casos), Estados Unidos e Canadá 780.622 mortes (48.056.793 casos), África 219.017 mortes (8.519.500 casos), Médio Oriente 209.590 mortes (13.999.178 casos) e Oceânia 2.875 mortes (265.686 casos).

Gostava de receber mais informações sobre este tema? Subscreva a nossa newsletter e as nossas notificações para que nada lhe passe ao lado.

Veja ainda: 12 sintomas que nunca deve ignorar