Portugal regista esta segunda-feira mais 1.855 casos de COVID-19 e oito óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.215 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 932.540 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 1.382 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há 863.089 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região de Norte, com 755 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 40,7% do total de diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.341 (+5), seguida do Norte com 5.382 óbitos (+1), Centro (3.035, =) e Alentejo (976, =). Pelo menos 377 (+2) mortos foram registadas no Algarve.

Há 34 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 70 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a subir

Em todo o território nacional, há 851 doentes internados, mais 46 do que ontem, e 181 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais cinco do que no domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 52.236 casos ativos da infeção em Portugal — mais 465 que ontem — e 79.883 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 173 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 364.615 (+624), seguida da região Norte (362.040, +755), da região Centro (126.560, +127), do Alentejo (32.464, +61) e do Algarve (29.768, +231).

Nos Açores existem 6.846 casos contabilizados (+32) e na Madeira 10.247 (+25).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 391,0 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 355,5 casos de há três dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,10, inferior aos 1,12 de sexta-feira.

No território continental, o R(t) está nos 1,10. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.281 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.685), entre 60 e 69 anos (1.554) entre 50 e 59 anos (477), 40 e 49 anos (157) e entre 30 e 39 anos (45, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.037 são do sexo masculino e 8.178 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 154.451 casos, seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 141.804 infeções, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 137.295. Logo depois surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 133.530 casos infeções reportadas. A faixa etária entre os 60 e os 69 anos soma 90.881 e entre os 10 e os 19 anos tem 90.779 casos.

Desde o início da pandemia, houve 427.043 homens infetados e 504.876 mulheres, sendo que se desconhece o género de 621 pessoas.

Vídeo - Como ocorrem as mutações de um vírus e porquê?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia de COVID-19 matou, até hoje, pelo menos 4.093.263 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais. Mais de 190.333.380 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde que foram detetados os primeiros casos da doença, na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019.

No domingo, 6.820 novas mortes e 428.616 novos casos de contágio foram registados em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de mortes nos seus levantamentos mais recentes foram a Indonésia, com 1.338 novas mortes, o Brasil (948) e a Rússia (719).

Os Estados Unidos são o país até agora mais afetado em termos de mortes e casos, com 609.021 mortes para 34.080.007 casos, segundo o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 542.214 mortes e 19.376.574 casos, a Índia, com 414.108 óbitos (31.144.229 casos), o México, com 236.331 mortes (2.659.137 casos) e o Peru, com 195.146 óbitos (2.093.754 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta maior número de mortes em relação à sua população, com 592 mortes por cada 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (311), Bósnia-Herzegovina (295), República Checa (283) e Macedónia do Norte (263).

A Europa totalizou, até hoje, 1.187.771 mortes e 56.445.229 casos, a América Latina e Caraíbas 1.331.019 mortes (39.510.645 casos), os Estados Unidos e Canadá 635.520 mortes (35.503.203 casos), a Ásia 624.635 mortes (42.662.427 casos), a África 157.888 mortes (6.234.921 casos), o Médio Oriente 155.214 mortes (9.907.847 casos) e a Oceânia 1.216 mortes (69.116 casos).

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