Portugal regista esta terça-feira mais 1.020 casos de COVID-19 e seis óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.074 pessoas com a doença em Portugal e foram identificados 866.826 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 1.293 casos de recuperação. Ao todo há 821.374 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 648 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 63,5% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.247 (+6), seguida do Norte com 5.361 óbitos (=), Centro (3.027, =) e Alentejo (972, =). Pelo menos 365 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 33 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 450 doentes internados, mais sete do que ontem, e 101 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais quatro do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 28.378 casos ativos da infeção em Portugal — menos 279 que ontem — e 41.659 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.140 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 343.759 (+121), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (332.169, +648), da região Centro (121.115, +101), do Alentejo (30.685, +32) e do Algarve (23.225, +70).

Nos Açores existem 6.024 casos contabilizados (+44) e na Madeira 9.849 (+4).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 119,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,18.

No território continental, o R(t) está em 1,19. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.209 (+3) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.644, +3), entre 60 e 69 anos (1.537, =), entre 50 e 59 anos (469, =), 40 e 49 anos (155, =) e entre 30 e 39 anos (43, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.962 são do sexo masculino e 8.112 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 144.092 casos (+174), seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 127.953 casos (+114), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 125.522 infeções (+226). Logo depois surge a faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 125.279 (+174).

Desde o início da pandemia, houve 394.571 homens infetados e 471.835 mulheres, sendo que se desconhece o género de 420 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 3.875.359 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Press. Mais de 178.697.640 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) de hoje com base em fontes oficiais.

Na segunda-feira, registaram-se 6.696 mortes e 296.514 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência. Os países que registaram mais mortes nesse dia foram a Índia (1.167), o Brasil (761) e a Colômbia (648).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 602.092 mortes e 33.554.339 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 502.586 mortes e 17.966.831 casos, a Índia, com 389.302 mortes (29.977.861 casos), o México, com 231.244 mortes (2.478.551 casos) e o Peru, com 190.645 mortos (2.030.611 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 578 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (310), Bósnia (294), República Checa (283) e Macedónia do Norte (263).

Em termos de regiões do mundo, a América Latina e as Caraíbas totalizaram 1.241.518 mortes para 36.171.636 casos, Europa 1.159.251 mortes (53.982.879 casos), Estados Unidos e Canadá 628.172 mortes (34.963.608 casos), Ásia 559.241 mortes (39.215.742 casos), Médio Oriente 148.120 mortes (9.082.067 casos), África 137.941 mortes (5.229.852 casos) e Oceânia 1.116 mortes (51.856 casos).

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