O comité organizador de Tóquio2020 reafirmou a determinação em organizar o evento no próximo verão “em qualquer situação”, que inclui também as possibilidades “de que não haja vacinas eficazes” ou “de que um grande número de pessoas não possa ser vacinado”.

“Estamos convencidos de que todas essas dúvidas serão esclarecidas no dia da abertura dos Jogos”, disse o presidente do comité organizador, Yoshiro Mori, após o chefe do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmar que a organização “não perde tempo em conjeturas” e que está focada na data da cerimónia de abertura, 23 de julho.

Os organizadores destacaram que estão a ponderar um amplo leque de planos para diferentes possibilidades perante a evolução da pandemia de covid-19, o que afetará as medidas de prevenção do contágio entre atletas e a presença do público nas bancadas, questões que devem ser definidas nos próximos meses.

Uma das medidas em análise passa pela inoculação de vacinas entre atletas estrangeiros, que o COI promoverá embora não deva ser obrigatória, assim como a vacinação em larga escala no Japão, processo que não terá início até o final de fevereiro e que irá durar meses.

“Temos de ter muita paciência com os preparativos da vacina”, disse Muto, que lembrou que cada país “tem as suas próprias medidas sanitárias”, pelo que ainda é necessário “discutir diferentes cenários futuros antes de se chegar a conclusões”.

O comité organizador “espera que a vacina seja dada ao maior número de pessoas possível”, tanto no Japão como em atletas estrangeiros e potenciais visitantes, embora esta medida não seja uma condição indispensável para a celebração dos Jogos.

No que diz respeito ao acesso de estrangeiros ao país para os Jogos e à sua presença nas bancadas olímpicas, os anfitriões também lidam com “diferentes tipos de cenários”, incluindo a realização de competições à porta fechada, disse Muto.

O diretor executivo do comité organizador realçou, no entanto, que os promotores de Tóquio2020, a decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, “não querem organizar Jogos sem espetadores”.