O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em videoconferência de imprensa que os casos de covid-19 reportados "estão mais uma vez a aumentar" no mundo depois de "várias semanas em declínio".

"Estes aumentos estão a ocorrer apesar da redução na testagem em alguns países, o que significa que os casos que estamos a verificar são apenas a ponta do icebergue", avisou, frisando que são esperados "surtos locais contínuos", particularmente "em áreas onde as medidas para prevenir a transmissão foram suspensas".

A líder técnica de resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, especificou que houve um aumento de 8% dos casos globais na semana passada, o equivalente a mais de 11 milhões de novas infeções.

Segundo Maria Van Kerkhove, o aumento de casos deve-se à circulação da sublinhagem BA.2 da variante Ómicron, mais transmissível, ao levantamento de medidas sanitárias, como o uso de máscaras e o distanciamento, que dão ao coronavírus SARS-CoV-2 "a oportunidade de propagar-se", e à cobertura vacinal incompleta em várias partes do mundo.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu, neste sentido, que todos os países "continuem vigilantes": continuem a vacinar, a testar, a sequenciar o vírus que causa a covid-19, a "prestar cuidados precoces" aos doentes e a "aplicar medidas de saúde pública de bom-senso para proteger profissionais de saúde e o público".

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em dezembro de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo. Desde 11 de março de 2020 a covid-19 é uma pandemia.