“Temos Nordeste e Ribeira Grande com medidas de médio risco, Vila Franca e Lagoa com medidas de baixo risco, Ponta Delgada, Povoação e todos os outros concelhos dos Açores com medidas de muito baixo risco”, adiantou Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Pelo número de novos casos de infeção registados nos últimos sete dias, que determinam o nível de risco de transmissão segundo o modelo de avaliação aplicado nos Açores, a ilha de São Miguel teria dois concelhos em alto risco, Nordeste (284 novos casos por 100 mil habitantes) e Ribeira Grande (308 novos casos por 100 mil habitantes).

No entanto, o secretário regional da Saúde disse que era “necessário atuar de forma circunstanciada no tempo e no lugar”.

“Com exceção do caso anunciado hoje, perfeitamente identificado, todos os demais casos do Nordeste foram verificados há cinco ou mais dias, o que quer dizer que a situação está com evidência de controlo, não se justificando, por isso, as medidas de alto risco, aplicando, nessa sequência as medidas de médio risco”, afirmou.

Quanto ao concelho da Ribeira Grande, segundo Clélio Meneses, “está perfeita e intensamente demonstrado que o foco de contaminação volta a estar concentrado na vila de Rabo de Peixe, para a qual são determinadas medidas específicas localizadas e mais rigorosas”.

Os Açores têm atualmente 206 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus que provoca a doença covid-19, dos quais 197 em São Miguel, cinco nas Flores, três na Terceira e um Santa Maria.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados na região 5.126 casos de infeção, tendo ocorrido 4.765 recuperações e 31 mortes. Saíram do arquipélago sem terem sido dadas como curadas 79 pessoas e 45 apresentaram comprovativo de cura anterior.

A avaliação do nível de risco nos Açores tem por base um modelo alemão, de semáforos, e é calculado em função do número de novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes num período de sete dias.

Existem cinco níveis de risco: muito baixo (menos de 25 casos por 100 mil habitantes), baixo (entre 25 e 49 casos por 100 mil habitantes), médio (entre 50 a 74 casos por 100 mil habitantes), médio alto (entre 75 e 99 casos por 100 mil habitantes) e alto (mais de 100 casos por 100 mil habitantes).