No total, a Rússia já tem 5.001.505 casos, tornando-se o sexto país do mundo com mais infeções, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil, França e Turquia.

As autoridades informaram que nas últimas semanas houve um acréscimo do número de infeções e que a situação epidémica continua “tensa”.

A recuperação veio depois da “mega-ponte” que o presidente Vladimir Putin concedeu aos russos durante as férias de maio e que alguns especialistas consideraram contraproducente.

Nas últimas 24 horas, morreram mais 357 pessoas com covid-19, elevando o número de mortos desde o início da pandemia para 118.482.

Ainda assim, mais da metade dos russos, de acordo com as sondagens, continua a resistir à vacinação, mesmo depois de Putin o ter feito, o que preocupa o Governo.

O prefeito de Moscovo, Sergei Sobianin, deu o alarme na sexta-feira, ao afirmar que a capital russa é a cidade europeia com menos vacinação, com menos de 1,5 milhões para uma cidade com 12 milhões de habitantes.

“A percentagem de vacinados em Moscovo é menor do que em qualquer cidade europeia e em relação a algumas é várias vezes menor. Se esta história tivesse acabado, não importaria. Mas as pessoas continuam a adoecer, a morrer. E não querem vacinar-se”, disse.

Segundo dados oficiais, apenas pouco mais de 7% da população russa, ou seja, 10,5 milhões de russos, tem a vacinação completa.

Em Moscovo, onde ocorreram cerca de um quarto dos casos registados em todo o país, há quase 20.000 mortes por coronavírus desde o início da pandemia.

Acontece que em alguns países para os quais Moscovo exportou a sua vacina (Sputnik V) as taxas de vacinação são muito maiores do que na Rússia.

A Rússia tem quatro vacinas contra covid-19 de produção própria: a Sputnik V, a EpiVacCorona e a CoviVac, todas compostas por duas doses, e a Sputnik Light, de dose única.