“Eu ouvi as preocupações dos pais”, disse hoje o primeiro-ministro francês em entrevista no jornal da noite do canal de televisão TF1.

Para continuar a frequentar as aulas em França, uma criança tem de apresentar três testes negativos com o intervalo de dois dias cada um. Até agora, o primeiro teste tinha de ser um PCR ou antigénio, levando a longas filas nas farmácias.

O primeiro-ministro declarou que podem agora ser efetuados a crianças que sejam identificadas como caso de contacto três autotestes e que os autotestes são fornecidos gratuitamente nas farmácias aos pais.

Para que o aluno volte às aulas, apenas será pedida aos pais uma declaração de honra atestando que a criança é negativa ao vírus, enquanto que até aqui eram pedidas três.

Ao contrário do que se passava até aqui, os pais já não são obrigados a ir buscar as crianças logo que seja declarado um caso positivo na escola, sendo assim possível que as crianças terminem o dia na escola, deixando mais tempo aos pais para gerirem a situação.

Devido a casos positivos de covid-19, em França há atualmente 10.453 turmas sem aulas, cerca de 2% do total das turmas no país.

A simplificação do protocolo nas escolas era há semanas pedida pelos pais e professores, já que a variante Ómicron acelerou a disseminação do vírus entre os mais novos.

Estes anúncios acontecem na mesma semana em que os professores preparam uma grande mobilização contra o protocolo sanitário e as condições do ensino face à covid-19.

Esta greve conta com a participação do maior sindicato do país de professores primários, assim como sindicatos do ensino básico e liceus, sendo também apoiada pela maior federação de pais da França.

A covid-19 provocou 5.486.519 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.133 pessoas e foram contabilizados 1.660.058 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.