De acordo com um comunicado divulgado hoje pela Direção Nacional de Saúde (DNS) de Cabo Verde, também já foram reforçadas as medidas de vigilância “nos pontos de entrada no país, em todos os aeroportos internacionais, com a disponibilização de profissionais para seguir todos os passageiros provenientes do exterior”.

“Com ações preventivas de deteção/triagem, encaminhamento de eventuais casos suspeitos e de aconselhamento”, acrescenta a nota da DNS.

A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7.736 pessoas infetadas.

Na China estudam cerca de 350 cabo-verdianos, 15 dos quais estão em quarentena em Wuhan, epicentro do surto.

A DNS explica que “todas as estruturas de saúde já têm identificado um espaço de isolamento para responder a uma eventual situação de casos suspeitos” e que foram mobilizados materiais, equipamentos e consumíveis disponíveis no país.

Além disso, “procedeu-se à encomenda de um ‘stock’ para seis meses” junto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da empresa estatal de produção de medicamentos Emprofac.

Para lá do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 21 outros países – Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas, Índia e Rússia.

A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional por causa do surto do novo coronavírus na China.

A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.