Segundo a resposta dada pelo hospital à Lusa, com esta medida há um aumento de cerca de 50% de camas em enfermaria, que passam de 23 para 37.

“A ativação deste nível surge na sequência do incremento de afluência ao Serviço de Urgência do CHUSJ de doentes que testaram positivo à covid-19 com necessidades de internamento”, informa o São João, ressalvando que “alguns destes doentes não possuem a doença covid-19, mas padecem de outras patologias” e testam positivo ao vírus “aquando do internamento, mas sem impacto direto no quadro clínico”.

O plano prevê também o alargamento da capacidade de internamento no Serviço de Medicina Intensiva, mas apenas no nível 3, com um aumento de 15 para 28 camas.

“Toda a atividade assistencial não covid-19 está assegurada, não sofrendo qualquer perturbação, fruto do planeamento e organização que permite manter assegurada a resposta assistencial a todas as áreas”, garante o CHUSJ.

O mesmo acontece no Hospital de Santo António, garantiu à Lusa fonte interna, que adiantou que estão internados atualmente, 15 pacientes com covid-19 na enfermaria e seis em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

A mesma fonte realça que estes números ficam muito aquém dos que se registaram por esta altura no ano passado, em que os internamentos ultrapassavam as duas centenas em enfermaria e havia cerca de 60 pessoas em UCI.

Quanto ao Serviço de Urgências, a fonte refere que “há mais pessoas a virem à urgência, mas está controlado” e lembra que esse fenómeno “é normal nesta altura do ano”, que tende a ser a que tem maior afluência.

No Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho estão hoje internados 12 doentes em enfermaria e seis em UCI.

A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.