A perda de peso é um dos objetivos que vamos “alimentando” ao longo do ano, pois sabemos que tem vantagens estéticas, cardiovasculares, osteo-articulares e até oncológicas. Contudo este objetivo nem sempre passa disso mesmo.

Hoje, no entanto, existem formas inovadoras e medicamente validadas que permitem alcançar de forma rápida, saudável e segura esse desejo.

Através de um teste de suscetibilidade genética, a equipa médica é capaz de lhe desenhar um plano transversal e individualizado com o objetivo de lhe possibilitar a necessária e correta alteração de estilo de vida. Através de pequenas adaptações alimentares ou identificação de variáveis fisiológicas que influenciam o exercício e possibilitam treinos a que o indivíduo responde melhor, conseguimos maximizar resultados potenciando em muito o seu esforço. Em situações específicas, quando o peso interfere de forma medicamente relevante na sua saúde, qualidade e mesmo esperança de vida, o recurso a soluções cirúrgicas para o tratamento de obesidade, pode ser a opção mais segura e com melhores resultados sustentados no tempo, resolvendo ou prevenindo problemas metabólicos.

Existem vários tipos de cirurgia metabólica ao nosso dispor, desde as mais simples e fundamentalmente restritivas como é o caso do “Sleeve” Gástrico, até opções um pouco mais ambiciosas como é o caso do “Bypass” Gástrico e suas variantes, que à redução de peso possibilitam um efeito metabólico ainda mais marcado. As soluções, necessariamente personalizadas e sempre propostas de forma integrada e participativa, sustentam-se na melhor e mais atualizada evidência médica e científica disponível. Por isso, no CIM, cada indivíduo é avaliado por uma equipa experiente e multidisciplinar que, de acordo com as características/perfil do indivíduo, seleciona a melhor cirurgia e tratamento para determinado quadro clínico, quer em termos de perda de peso, quer quanto à necessidade de intervenção metabólica.

Na avaliação personalizada, para além de objetivos claros quanto à perda ponderal, traçam-se planos de ação sobre múltiplas variáveis radicalmente afetadas com estas intervenções: objetivos de ordem estética e de autoestima / afirmação pessoal, controlo de hipertensão arterial, colesterol alto e “fígado gordo”, ressonar e higiene de sono / apneia de sono, pré-diabetes e diabetes de tipo 2, risco de enfarte ou AVC, incontinência urinária e diminuição do risco de cancro.

Após validação médica, a cirurgia oferece, de acordo com o que de mais relevante se sabe em termos internacionais, a forma mais rápida, eficaz e sustentada no tempo de controlar o peso. Feita de forma minimamente invasiva, há ainda a possibilidade da intervenção ser única e exclusivamente feita através do umbigo. Nesta abordagem, dita “porta única”, as cicatrizes são virtualmente invisíveis (porque desaparecem sob o umbigo), o que lhe permite manter toda a privacidade.

As intervenções cirúrgicas em questão, através de um reajuste do tubo digestivo e alterações de cascatas hormonais com este relacionadas, de forma muito segura e altamente protocolada, têm resultados validados segundo os padrões médicos mais exigentes. São abordagens revolucionárias na medida em que modelam a forma como o indivíduo se relaciona com os alimentos, permitindo sem esforço (e este será o segredo para resultados duradoiros) não só uma diminuição da fome e saciedade precoce, mas também uma natural preferência por alimentos menos ricos em açucares simples e gorduras. Favorece-se, desta forma, uma instintiva aptidão para alimentos mais saudáveis, em doses intervalos adequados.

O mais importante é que, sem a perceção da imposição de sacrifícios e de maneira confortável, segura e perfeitamente adaptada à sua dinâmica social, pode retomar a sua forma física e psíquica, com indiscutíveis ganhos de saúde e autoestima, conseguindo assim atingir o objetivo que adiava há tantos meses ou anos.

Um artigo do médico Eduardo Lima da Costa, Cirurgião no Centro de Inovação Médica.