Durante o primeiro confinamento, e nos meses seguintes, muitas famílias cortaram inúmeros gastos e hábitos de consumo, o que levou à maior taxa de poupança do século XXI. No entanto, a verdade é que para tantas outras famílias, ter todos os membros do agregado familiar em casa representa um aumento de algumas despesas.

Se este é o seu caso, e está com dificuldades em gerir o orçamento familiar durante este novo confinamento, o ideal é rever passo a passo os seus hábitos de consumo e como pode poupar nas suas faturas mensais. Afinal existem gastos que podem ser facilmente revistos e desta forma representarem uma poupança que vão ajudá-lo a proteger-se dos efeitos financeiros da pandemia.

Para o ajudar nesta tarefa, de seguida, vamos explicar seis formas de reduzir os gastos durante o confinamento.

1. Cuidado com o excesso de compras que não são essenciais

Dado o atual estado da pandemia de COVID-19, para além de ser recomendável diminuir o número de vezes que se desloca ao supermercado, a ida frequente às compras poderá traduzir-se em comprar além do necessário. Por exemplo, quantas vezes foi ao supermercado para comprar apenas uma coisa e saiu com um saco de compras cheio? A verdade é que, se fizer contas, isto pode representar um custo muito elevado.

Por isso, e no caso de não estar acostumado a planear as suas compras, o primeiro passo é fazer uma lista daquilo que precisa de acordo com o seu orçamento familiar. Tente ao máximo comprar apenas aquilo que é essencial, e faça contas às quantidades que precisa para as mesmas durarem até à próxima ida às compras.

Se tem um orçamento apertado, existem também algumas soluções que pode adotar, como planear ementas semanais de baixo custo. Para além de ser mais fácil fazer uma dieta equilibrada, sabe exatamente os alimentos que precisa ter em casa para preparar as suas refeições. Hoje em dia, também existem muitos produtos alimentar à venda com prazos de validade reduzidos.

2. Esteja atento às promoções e aos produtos que utiliza mais

Para quem pretende fazer compras em maior quantidade, que durem para mais de duas semanas, existem alguns fatores a ter em consideração. Por exemplo, faça um levantamento dos produtos mais utilizados e dos alimentos mais consumidos em sua casa. De seguida, aconselhamos que faça umas contas rápidas para ver a quantidade que precisa para o período que se destinam as suas compras. Não se esqueça de verificar se essas compras estão dentro do seu orçamento familiar ou se pode adaptar as suas necessidades a outro tipo de produtos com preços mais reduzidos.

Antes de ir às compras, o ideal é fazer uma pesquisa para ver se existem promoções, e onde, para os produtos que precisa comprar.

3. Modere o consumo energético e de água

Para quem tem a família toda em casa atualmente, o confinamento pode resultar em faturas de água e luz mais elevadas do que é normal. Afinal, existe uma mudança drástica na rotina, onde é preciso ter os mais novos entretidos e os adultos a trabalhar a partir de casa. E, embora existam consumos que sejam impossíveis de contornar, há hábitos que devem ser implementados para as contas não serem extremamente elevadas durante o confinamento.

Por exemplo, quem está em teletrabalho, o ideal é ter apenas ligado à corrente os aparelhos que são realmente necessários para desempenhar as suas funções. Evite ter a televisão ligada ou em stand by, os carregadores nas tomadas e as luzes ligadas quando ainda existe uma boa visibilidade. Caso tenha uma tarifa de eletricidade bi-horária ou tri-horária, é fundamental que adapte os seus horários de consumo a essas tarifas.

No que diz respeito ao consumo de água, para reduzir o valor a pagar na sua fatura, é importante que os banhos diários sejam rápidos e que exista o mínimo de desperdício na hora de lavar a cara, os dentes, a loiça (se não tiver máquina), etc. Lembre-se que pode sempre reaproveitar a água que usa em algumas tarefas para outras. Por exemplo, quando estiver a aquecer a água para tomar banho, pode sempre colocar um garrafão ou balde e aproveitar essa água para mais tarde.

4. Evite as compras online por impulso

Para a maioria das pessoas, estar em casa fechado é bastante desgastante psicologicamente. E se o tempo livre não for ocupado com atividades estimulantes e produtivas, o tédio pode ser perigoso para a saúde mental, mas também para a carteira.

Mesmo que possa comprar determinados artigos ou produtos, fazer compras por impulso pode colocar em risco o seu orçamento familiar, principalmente se recorrer ao crédito para as fazer. Por isso, planeie e reflita sempre sobre as compras que pretende fazer.

5. Se pretende renovar a sua casa, faça um orçamento antes de investir

No primeiro confinamento, foram muitas as pessoas que decidiram investir numa renovação da sua casa, seja a nível de decoração ou de obras mais profundas. Afinal, ao passar mais tempo em nossa casa, é normal constatar que existem coisas que precisam de ser melhoradas ou que já não são do seu agrado.

Contudo, renovar a decoração da casa ou fazer obras ligeiras ou mais profundas, por norma, tem um custo um pouco elevado.

Por isso, o melhor é fazer um orçamento antes de começar a investir na sua habitação. Se vai recorrer a um cartão de crédito para adquirir mobília ou alguns produtos mais dispendiosos, aconselhamos a ter em atenção à sua taxa de esforço e, relembramos ainda, que compra hoje, mas pode estar a pagar durante vários anos (e com juros).

Embora possa sentir que é urgente fazer algumas mudanças em sua casa, principalmente porque agora tem tempo para se dedicar a este assunto, veja primeiro qual é o valor total dessas alterações. Depois pode sempre criar vários projetos que tenham um custo menor, ou o que é prioritário, e numa primeira fase dedicar-se a estes. Desta forma, não afeta drasticamente o seu orçamento familiar e não corre o risco de aumentar a sua dívida em cartões de crédito.

6. Reveja os seus contratos e adapte-os às suas necessidades reais

Para quem tem contratos que envolvem fidelização, e a mesma está a terminar, o confinamento pode ser uma ótima oportunidade para rever os seus contratos ou procurar novas soluções na concorrência.

Para saber realmente qual é a melhor oferta para si, é preciso sondar o mercado, e ver as variadas ofertas que existem. Embora muitas ofertas tenham campanhas associadas que aliciam mais à compra, o que deve pensar é se esses serviços e ofertas são realmente úteis para si. Porque caso não sejam, pode acabar a pagar uma mensalidade mais elevada, do que aquilo que iria conseguir por os serviços que realmente lhe fazem falta.

A verdade é que existem inúmeras pessoas que conseguem baixar o valor dos seus contratos consideravelmente. Se está a pagar uma fatura elevada pelos serviços que tem contratados, antecipar o final da fidelização para procurar melhores soluções pode ser compensatório.  Afinal, não é incomum ver pessoas que conseguem baixar o preço da mensalidade em 10 ou 20 euros. E se fizermos as contas, no final do ano são menos 120 ou 240 euros que vai pagar por estes serviços. No entanto, aconselhamos a que verifique sempre o seu contrato para perceber qual a penalização pela antecipação do fim do mesmo.

Como vê, as possibilidades para poupar são muitas, mas exigem algum empenho de todos os membros da família para trazerem os resultados esperados. Por isso, se pretende diminuir os seus gastos, tente envolver todos os membros da família e juntos cumprirem objetivos de poupança.

Aqui acrescentaria apenas para as pessoas irem consultar os seus contratos para perceberem qual é a penalização pela antecipação do fim do contrato.