Ana Garcia Martins, conhecida por ser autora do blogue 'A Pipoca Mais Doce', foi mãe pela segunda vez há quatro meses, da pequena Benedita, fruto do casamento com Ricardo Martins Pereira, que assina o blogue 'O Arrumadinho'.

Como a figura pública revelou pouco tempo depois do nascimento da menina, passou por alguns momentos difíceis, uma vez que nasceu prematura e teve de ficar no hospital internada.

Hoje, Benedita já está rodeada de amor no seu lar e a mãe ‘babada’ deu a cara pela campanha #PequenosLutadores, organizada pela marca DODOT e a Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro.

No âmbito desta iniciativa, várias figuras públicas estiveram esta quarta-feira, dia 14, num workshop dedicado ao momento da muda da fralda, com o objetivo de sensibilizar para o tema da prematuridade e homenagear famílias e bebés prematuros, visto que este sábado, dia 17 de novembro, assinala-se o Dia Mundial da Prematuridade.

Durante o evento, o Fama ao Minuto esteve à conversa com Ana Garcia Martins que recordou o nascimento da pequena Benedita e revelou quais as maiores dificuldades de uma mãe que tem um bebé prematuro.

De referir que a blogger e o marido são ainda pais do pequeno Mateus, de cinco anos, e o menino também nasceu prematuro.

Quais as principais dificuldades de uma mãe com um bebé prematuro?

Sou mãe de dois bebés prematuros. No caso do Mateus foi super tranquilo, como costumo dizer, foi um prematuro bonzinho, não deu problema nenhum, estava ótimo e foi logo para casa. Ela já precisou de ficar algum tempo internada no hospital. O processo foi um bocadinho mais difícil porque quando engravidamos traçamos sempre aquele cenário ideal: o bebé vai nascer e vamos vestir a primeira roupinha, dar o primeiro banho, o biberon… Ninguém está à espera de que o bebé nasça, de o vermos 20 ou 30 segundos e de que o levem para uma incubadora. Durante muitos dias não lhe podemos pegar e temos de o ver através de uma caixinha de vidro com todo o aparato à volta dele. É um processo muito anti-natural, não é aquilo que é expetável. Para mim, essa foi a maior dificuldade e depois o cuidado no manuseamento de um bebé. Se com um bebé normal eles já são super delicados, com um bebé prematuro e tão pequenino a coisa fica ainda mais difícil.

Quando a viu pela primeira vez a pequena Benedita o que é que pensou?

Eu vi-a e levaram-na logo. A minha preocupação era realmente saber se estava tudo bem com ela e não a pude ver porque tive de ficar algumas horas no quarto até poder descer para a ver. Mas depois, de facto, faz alguma impressão entrar numa unidade de cuidados especiais neonatais e todo aquele ambiente, onde estão bebés muito pequeninos, a maioria até mais pequeninos que a minha, e com todo aquele aparato em torno deles, as máquinas, os fios e coisas que apitam. É um ambiente inóspito e um bocadinho assustador. Até percebermos como é que aquilo funciona levamos ali algum tempo a ambientar-nos e estamos permanentemente assustados. Depois há sempre toda uma equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares que estão sempre ali, a cuidar deles 24 horas por dia. Eu sabia que ela estava super bem entregue. Mas, claro, queria pegar-lhe e fazer aquelas coisas todas que uma mãe faz normalmente.

E quando mudou a fralda pela primeira vez sentiu algum receio? O que recorda?

Sim porque ela era muito pequenina e havia muitos fios à volta dela e um grande aparato… Tinha medo de desligar alguma coisa que fosse vital, de fazer alguma asneira ou de a poder magoar. Estava com a ajuda da enfermeira, mas é um processo um bocadinho complicado e assustador. Depois, já mais para a frente, eu e o meu marido já fazíamos aquilo sozinhos, mas as primeiras vezes foi sempre com a ajuda das enfermeiras.

Mas há sempre aquele instinto maternal que ajuda em todo o processo…

Sim, claro. Apesar de o meu primeiro filho já ter cinco anos e não me lembrar muito bem como se fazia, mas depois aquilo é quase uma coisa inata. Relembramo-nos instintivamente como é que se faz.

Quais são as diferenças entre ter uma menina e um menino?

Para já ela é muito pequenina e em termos de feitio e personalidade ainda não noto nada. Ela é bastante mais tranquila do que o Mateus foi em bebé. Depois tem aquele lado da roupinha e acessórios que com elas é tudo muito mais imperdível do que com eles. É mais fácil perdermos a cabeça.

Como têm sido estes quatro meses com ela lá em casa?

Muito bom, muito tranquilo. Ela é uma bebé muito tranquila. Quando chora é porque efetivamente está com algum problema: ou porque tem fome ou porque é a fralda… Não chora só porque sim. É super calma.

E o irmão? Tem o instinto de protegê-la?

O mano adora-a. É super protetor, está sempre de volta dela, a querer pegar-lhe, dar beijinhos… Adora a irmã.

Agora falando sobre o galardão que levou para casa recentemente, uma vez que foi novamente premiada na gala Blogs do Ano. Estava à espera?

É sempre um orgulho ser nomeada porque é o reconhecimento do trabalho que faço há já quase 15 anos e ganhar ainda melhor. É a prova de que as pessoas continuam a ler-me, a seguir-me e a estar atentas àquilo que faço. É, obviamente, muito bom.