Os produtos congelados pré-confeccionados entram em 1 738 mil lares portugueses, isto é, 49,6% do universo de um estudo, “Consumidor 2004” efectuado pela Marketest .
Entre os principais resultados deste estudo ressalta o facto do Grande Porto se destacar das restantes regiões, com o consumo destas refeições congeladas a abarcar 55,9% dos lares. É no Sul e no Interior Norte que se encontram os consumos mais baixos, com respectivamente 47,6% e 47,8%.
É entre as camadas mais jovens que este género de refeições encontra mais adeptos, nomeadamente nos lares onde a dona de casa (responsável pelas compras para o lar) é mais jovem. Assim “57,8% dos lares onde a dona de casa tem menos de 25 anos e 69% daqueles que têm dona de casa com idade compreendida entre os 25 e 34 anos consomem congelados pré-confeccionados”, lê-se no estudo da Marktest .
Na análise por classes sociais, a penetração destes produtos é maior nas classes alta e média alta, com 58,5%, com a classe baixa a apresentar valores muito abaixo da média (30,7%).
De acordo com a nutricionista Helena Cide, membro da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), contactada pela agencia Lusa, “embora estes produtos sejam uma ajuda para as pessoas que têm pouco tempo para cozinhar, devem ser utilizados com conta peso e medida, uma vez que têm uma quantidade considerável de gordura e sal”. A especialista acrescenta que “a verdade é que nós próprios não fazemos comida muito saudável em casa. Muitas vezes as pessoas acabam por confeccionar pratos com igual nível de gordura”.