Confrontada com as demissões de profissionais de saúde em diferentes hospitais do país, a governante indicou que só em contratos líquidos, desde dezembro de 2020 a setembro de 2021, são mais 4.300 profissionais.

Falando à margem do Congresso Nacional de Saúde Materno-infantil “CMIN Summit’21”, organizado pelo Centro Materno-infantil do Norte (CMIN), no Porto, a titular da pasta da Saúde assumiu haver áreas que são carenciadas e onde terá que continuar o esforço de contratações.

Contudo, Marta Temido afirmou que a despesa em pessoal no SNS cresceu este ano e até agosto 9,5%, havendo um conjunto de aspetos a equilibrar.

“Temos, agora, de nos dedicar a melhorar a condição de trabalho destas pessoas”, defendeu.

Esta semana, os médicos responsáveis pela Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto (UMPP), concentrada desde abril de 2006 no Hospital de São João, apresentaram a sua demissão por aquele serviço padecer de “limitações e problemas vários” desde a sua génese.

A estas demissões somam-se as de 87 clínicos do Centro Hospitalar de Setúbal que o diretor clínico demissionário justificou com a falta de condições físicas e profissionais, considerando que a unidade está “abaixo da linha de água”.