Em comunicado de imprensa, o Kastelo refere hoje que “apenas uma inconformidade não está implementada na sua totalidade devido à sua complexidade (criação de uma sala separada para a máquina de vácuo)”.

Este esclarecimento do Kastelo surge após a SIC ter divulgado na segunda-feira à noite que esta única unidade de cuidados continuados e paliativos pediátricos no país “corre o risco de fechar”, com a consequente transferência dos cerca de 30 utentes para outros hospitais, estando em causa uma inspeção da ERS que detetou “várias irregularidades”.

A SIC referiu ainda que ao Ministério Público chegou também uma queixa, na qual há relatos de negligência nos cuidados prestados às crianças.

No comunicado, a direção da unidade esclarece que a ERS fez uma vistoria às instalações a 13 de dezembro e que o relatório que “indicava existirem inconformidades, nomeadamente a não existência de um cabeleireiro e podólogo”, lhe chegou às mãos no dia 23.

“As alterações foram todas desenvolvidas, incluindo o cabeleireiro para o qual foi necessário, infelizmente, anular um dos quartos originalmente destinado a acolher duas crianças”, garante a direção, especificando que a ERS deu um prazo de 10 dias para “implementar as referidas inconformidades”.

“No que respeita à medicação, esta é sempre administrada com prescrição médica”, sublinha.

A direção do Kastelo refere também que “está solidária com os pais das crianças e com as suas preocupações”.

Afirma ainda estar “focada no bem-estar das crianças, desde a sua inauguração, em 2016”, e recorda que “tem obtido apoios diversos no âmbito do mecenato para as suas iniciativas, nomeadamente de enriquecimento de infraestruturas lúdicas e terapêuticas para as crianças com patologia crónica”.

Esta unidade para crianças do distrito do Porto conta desde outubro com 37 camas, 17 de cuidados pediátricos e 20 de ambulatório.