“A análise preliminar dos dados sugere que o risco de hospitalização com coronavírus como causa principal é 69% menor com a variante ómicron em comparação com infeções com a variante delta”, detalha o Instituto Norueguês de Saúde Pública (FHI) no seu relatório semanal.

A variante ómicron foi detetada em 32% das pessoas hospitalizadas com COVID-19 na primeira semana de 2022 (24 de 74 pacientes) em comparação com 1,7% quatro semanas antes (3 de 175 pacientes). No entanto, no mesmo período, a variante tornou-se predominante, representando atualmente cerca de 90% das novas infeções.

"A variante ómicron tem um risco significativamente menor do que a variante delta de desenvolver uma forma grave da doença em pessoas infetadas, pelo menos em pessoas vacinadas", observou o FHI em outro relatório de avaliação de risco.

No entanto, o instituto espera uma onda de inverno que pressionará os serviços de saúde.

De janeiro a março, “várias centenas de milhares” de pessoas devem ser infetadas de acordo com as suas projeções, com picos diários de até 50.000 casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já veio alertar que dentro de 8 semanas, 50% da população europeia pode ficar infetada com a ómicron devido ao seu alto nível de contagiosidade.

Portugal registou 40.945 novas infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, um novo máximo desde o início da pandemia, e mais 20 mortes associadas à COVID-19, indicam números divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O maior número de novas infeções tinha acontecido a 05 de janeiro deste ano, quando se registaram 39.570 novos casos.

O boletim epidemiológico diário da DGS regista um aumento do número de pessoas internadas em enfermaria, contabilizando hoje 1.635 internamentos, mais 71 do que na terça-feira, bem como um crescimento nas unidades de cuidados intensivos (mais 14), totalizando agora 167.

A COVID-19 provocou 5.503.347 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi registada desde novembro em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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