Com a primavera vem o tempo de emergir e florir as precisas e preciosas sementes que foram originadas na profundidade curadora, nua e crua do inverno.

Ainda respiramos Ostara. O Equinócio da Primavera.

O momento do equilíbrio entre os opostos. O momento em que o dia e a noite são iguais, a luz e a sombra, o consciente e o inconsciente, o feminino e o masculino.

A harmonia que traz a manifestação de tudo o que esteve incubado na profundidade do colo do inverno.

A natureza desperta, a vida emerge da e na Terra, dentro e fora.

Nos jardins do nosso peito, nas florestas das nossas almas, nos mares das nossas emoções.

Nos jardins, florestas e mares da nossa Mãe, dentro e fora. Terra. A celebração da união dos opostos e a sua fusão criando o movimento, a vida. Pois avancem os audazes e acordem os ainda adormecidos.

O tempo da inércia e passividade frente a um estado de transe vs sobrevivência para pagar contas, no contínuo desnutrir da saúde física, mental e espiritual, descurando o humano que somos. Moldados desde cedo para sustentar, conscientemente ou não, um sistema podre e falido alimentado pelo consumismo obsessivo e completamente negligente quanto ao extremo e abusivo uso dos recursos naturais.

Estes tempos acabaram e ainda que muito esperneiem, não há mais como prosseguir.

Este é o tempo de honrar os nossos pais, avós e ancestrais, dos mais recentes aos mais longínquos, as nossas raízes e origens, é tempo de ver as coisas como elas são, olhar de frente velhas feridas e medos, abraçá-los. É tempo de honrar a nossa ancestralidade com os pés bem assentes na Terra e corações ao alto no compromisso de honrar também a responsabilidade em garantir o futuro dos nossos filhos, netos, e próximas gerações.

Reacordar a sustentabilidade emocional, material e espiritual. Agir. Agir pela Terra, pela vida, pela humanidade, pela natureza dentro e fora, que é tudo.

É tempo de emergirmos e florirmos o ser humano que existe dentro.

Esta é a dança nos céus e os seus reflexos na Terra em todos nós.

Contem com muita resistência e tentativa de tensão e repressão, mas contem igualmente com uma dupla intensidade de libertação e consciência na ação responsável e criativa a avançar.

É como se entrássemos agora no atravessar duro e necessário de uma chuva de meteoritos antes de chegar à luz do nosso destino, à união, à compaixão, à solidariedade, à colaboração, à ação consciente e responsável da humanidade em amor que somos, em união e respeito com a natureza que somos. A evolução a acontecer.

É como se sentíssemos a tensão do emergir da Terra ao nascer e florir das entranhas, sentindo a força e nutrição das imensas raízes que nos nutrem em todo o solo e a imensa energia que nos chama, puxa, desafia e faz crescer e transcender da imensidão do Universo.

A transcendência quântica da consciência do todo que somos e do quanto estamos unidos. A fusão da física com a espiritualidade. A vida a acontecer.

A morte do velho mundo.
O nascer de um mundo novo.
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Dias em que o Sol ao pôr-se parece Lua.
Noites em que a Lua ao nascer parece Sol.
Crepúsculo.
Os véus cada vez mais ténues, clarividência e verdades profundas emergem dilacerando.
Ancestrais feridas, sagradas memórias, a serem visitadas, revividas tantas vezes quantas as necessárias à cura. Uma a uma na sua maior intensidade emocional, desbloqueando e acordando-nos neste resgatar de garra, consciência, responsabilidade, ação e alma indescritíveis.

A todos os que sentem na sua alma e corpo este duro despertar, abraço-vos na minha mais profunda compaixão. Tenho-vos comigo em profundo amor e união.
Com um fogo no peito, um mar no olhos e a fé em chamas.

Esta é a minha visão, sentir e intuição.
Um doce e forte abraço.
Até breve.
Nádia NadZka

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