A multiplicação por sementes permite obter um grande número de plantas. Existem sementes certificadas de primeira geração em pequenas bolsas que asseguram uma qualidade excelente, se bem que também as pode recolher das suas próprias plantas. No primeiro caso, viste o centro de jardinagem e obtenha ajuda especializada. A sementeira gera um número elevado de plantas mas o processo de desenvolvimento é mais moroso que com outros métodos de multiplicação. É essencial usar sementes com qualidade. Existem ainda outros aspetos a ter em conta ao optar por este método:

- As necessidades de água

Coloque as sementes em água durante um dia para facilitar a germinação. Se a casca é dura, lime as sementes para absorverem melhor a água. Antes de semear, assegure-se que o recipiente tem furos de drenagem e que o substrato é poroso. Assim, evitará o ataque de fungos que prejudicarão as plantas.

- A quantidade de trabalho

A sementeira é o método mais trabalhoso. Implica mais passos e portanto mais dedicação que a propagação por estacas. Quando as plantas tiverem um par de folhas, deverá fazer o respetivo transplante para vasos individuais. Antes de as colocar no sítio definitivo do jardim ou do terraço, deverá fortalecê-las, submentendo-as pouco a pouco por condições menos protegidas.

- As espécies mais adequadas

Goiveiro, papoila, áster, azucena, calêndula, chaga, cosmos, crisântemo, gazania, lobélia, malva, miosótis, amor-perfeito, primavera, rudbkia, salva e cravos-túnicos são as que os especialistas em jardinagem e botânica mais recomendam.

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A propagação por estacas

Este sistema permite obter vários exemplares a partir de outros que já existem. A grande vantagem é que se mantêm as características da planta mãe. Garante ainda um enraizamento rápido. Este método é mais rápido que a sementeira, já que se efetua a partir de uma planta bem estabelecida. Deve plantar as estacas imediatamente a seguir ao corte. Se adiar a tarefa, envolva-as num trapo molhado e coloque num local seco e fresco no interior de um plástico. Se pretende poucas plantas, coloque as estacas em vasos situados num local quente e húmido, longe do sol. Existem ainda outros aspetos a ter em conta ao optar por este método:

- Os cortes

Estes devem ser limpos. Antes de cortar uma estaca, desinfete as tesouras e assegure-se de que estão afiadas para evitar a propagação de doenças. Quando preparar a estaca aplique hormonas de enraizamento (líquidas ou em pó) no extremo cortado para facilitar a emissão de raízes.

- As tarefas a implementar antes de fazer muito calor

A estaca proporciona novos exemplares a partir de outros, adultos, pelo que as plantas desta resultantes ficam com as características da mãe. Trata-se de cortar uma parte saudável (folha, bocado de raíz ou talo) e colocá-la num meio arenoso para que emita raízes. Depois, transplanta-se para um local protegido, húmido e com luz. Convém cortar antes que a temperatura suba.

- O processo de recolha

Muitas vivazes e arbustos oferecem vegetação válida para fazer estacas. As de raíz recolhem-se no final do inverno ou início da primavera. Corte pedaços com entre dois a dois centímetros e meio e introduza- os na vertical numa bandeja funda com turfa e areia em partes iguais. Para se orientar com a posição, faça um corte reto no extremo superior e enviuzado no inferior. Quando tiverem raízes, leve-as para o local definitivo, se o solo não estiver gelado ou muito húmido. Este método é ideal para muitas árvores, trepadeiras, arbustos, alpinas, herbáceas, entre outras.

- As espécies mais adequadas

A lista inclui espécies e variedades como azevinho, ligustro, arce, buxo, budleia, camélia, cravo, clematite, cornus, evónimo, forsitia, fucsia, gerânio, hibisco, hera, hortênsia, jasmim, rododendro e rosa, entre outras.

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As estacas de folhas no interior

As estacas de folhas são adequadas para muitas plantas de interior. No caso da violeta africana, arranca-se uma folha jovem e corta-se o pedúnculo, até dois centímetros. Depois, enterra- se esta parte num vaso com turfa e mantém-se húmida, a 15-20º C e com a máxima luz mas nunca sol direto. Uma janela orientada a norte é o ideal. Quando tiver raízes, regue em cada 15 dias com fertilizante. Por volta das 14 a 16 semanas teremos rebentos prontos a separar e plantar.