Conhecido como o ex-libris da Quinta do Lago, o restaurante Casa Velha dá ênfase não apenas aos produtos locais e sazonais cuidadosamente escolhidos para os seus pratos, mas também à comunidade envolvente e à economia local.

Na mais recente parceria realizada com a comunidade do Loulé Criativo, foi lançado o desafio de desenvolver peças de loiça especiais e únicas para o restaurante. O apreço pela história local, pela cultura do sal e a valorização dos designers e artesãos locais foi o mote deste projeto colaborativo com os residentes do Loulé Design Lab e artesãos da rede de oficinas do concelho de Loulé.

Seguindo o princípio de sustentabilidade pelo qual o resort se rege, o restaurante Casa Velha tem como fontes de produtos a Q Farm, a quinta biológica da Quinta do Lago, para frutas e vegetais, e também os mercados locais de Quarteira, Loulé, Albufeira e Olhão – não esquecendo o fornecimento de sal de Castro Marim, mel de Moncarapacho e Ostras da Fuseta.

Agora, o restaurante dá um passo além ao estabelecer uma forte ligação com os artesãos locais que desenvolveram loiças únicas para suportar os seus deliciosos pratos.

Casa Velha da Quinta do Lago
Casa Velha da Quinta do Lago

Casamento perfeito entre design e ingredientes

Foram criados utensílios para dois pratos especiais da Casa Velha, estando o resultado à vista: da integração de diferentes técnicas, emergiram novos objetos sustentados na subtileza, economia de recursos, valorização dos produtos endógenos e funcionalidade, sendo que todos os objetos foram concebidos manualmente aliando as técnicas artesanais ao design.

O primeiro prato é inspirado na cultura do sal em Portugal, e a Casa Velha é o único restaurante nacional a confecionar esta iguaria: telha de azeitona com sardinha estivada, pimento assado e Garum. O design do prato é um projeto Mess e dele resultaram surpreendentes bases de servir para menus de degustação.

Denominada como SALGU, esta peça fixa para sempre os cristais piramidais de sal de Castro Marim em bio resina, evocando uma ambiência visual que abraça a estética gastronómica única do Chef Alípio Branco e, em conjunto com as suas iguarias, envolve o cliente num mar de sensações e paladares singulares.

Já o segundo prato inspira-se na Q Farm, em tudo aquilo que a terra nos dá: flor de curgete, batata-doce com laranja, milho grelhado, tomates secos ao sol, molho de milho e pimento assado avinagrado.

Do encontro entre o artesão da Madeira Fernando Martins e a designer Ana Rita Contente nasceram talheres e recipientes para servir flor de sal. As peças foram desenhadas tendo em consideração as especificidades do material utilizado e as respetivas tecnologias de transformação, aliando um desenho depurado e contemporâneo à rusticidade belíssima da madeira de oliveira.

O Loulé Design Lab tem atualmente 20 projetos residentes e incubados, entre designers e artesãos contemporâneos, dedicados à criação de produtos, assentes na aplicação de técnicas tradicionais e de materiais autóctones, na atenção e integração da cultura local e do contexto em que se inserem, e ainda no estudo e implementação de práticas responsáveis e sustentáveis.

Para além de puder experimentar ao vivo estas peças, no restaurante Casa Velha, poderão ser vistas também na exposição “Um Ano de Colaborações” do Loulé Criativo, de 2 de outubro a 2 de novembro, no Palácio Gama do Lobo.

A entrada é livre, e pode visitar a exposição de segunda a sexta-feira das 9h às 17h, e aos sábados das 9h às 13h.