A rainha Isabel II abandonou o palácio de Buckingham devido ao surto de COVID-19 que assola o mundo e que já fez 21 vítimas mortais no Reino Unido.

A monarca foi escoltada para Windsor na quinta-feira e está a ser planeada a sua mudança para Sandringham, no caso de um aumento no número de casos.

"Ela está com uma boa saúde, mas achamos que seria melhor. Grande parte do staff está em pânico devido ao coronavírus", avança uma fonte ao The Sun.

"A rainha tem recebido várias visitas nas últimas semanas, no entanto decidiu cancelar os próximos compromissos", tal como avançou a agência de notícias AFP.

De acordo com os números oficiais, o número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença COVID-19, subiu. A região norte do país mantém-se com o maior número de casos (77) mas a região de Lisboa também já conta com 73. O Alentejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores não tinham casos de infeção.

Segundo o boletim epidemiológico diário da DGS divulgado ontem, há 169 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, mais 57 que ontem, 1 704 suspeitos, 126 aguardam o resultado laboratorial e 5 011 em vigilância pelas autoridades de saúde.

O novo coronavírus matou pelo menos 5.764 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em dezembro, de acordo com uma avaliação da AFP às 17:00 de ontem a partir de fontes oficiais. Há também mais de 73 mil recuperados em todos o mundo de acordo com o mapa interactivo desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”.

O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5 40o mortos em todo o mundo.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.

Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou esta semana ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.

Como medida de prevenção, o Governo decretou ontem que os bares vão ter de fechar portas a partir das 21:00, todos os dias, como forma de tentar conter a propagação do surto de COVID-19, com efeitos imediatos. A medida vai vigorar até 9 de abril.

Nos últimos dias,  Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.

Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.

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