Foram várias as caras conhecidas, nacionais e internacionais, que recorreram às redes sociais para se manifestarem contra a reversão de lei sobre o aborto nos EUA.

Entre as várias mensagens, está a reflexão de Eduardo Madeira. "Conclusões sobre o retrocesso na lei do aborto lá na América. 1 - A América, com todas as suas contradições, toda a violência, todo o racismo, é ainda assim um farol para o mundo Ocidental. Um retrocesso destes é mais uma luz que se funde no farol. E se o farol apaga por completo há toda uma visão do mundo, da democracia e da liberdade que fica à deriva e à beira do naufrágio", começou por escrever numa publicação que fez na sua página de Instagram.

"2 - Ser a favor da despenalização do aborto não é ser a favor do aborto. É apenas deixar que quem tem de tomar essa difícil decisão o faça de maneira segura. E não num vão de escada. É uma questão de humanidade e saúde pública. Alguém faça um desenho a explicar isto por favor. É fácil, mas há quem não atinja. Inclusive juizes do Supremo lá da América. 3 - A decisão tem de ser, em último caso, da mulher. E nunca é uma decisão fácil. Só é fácil se for um homem a decidir. Não lhe custa. Obviamente", acrescentou.

"4 - A religião, ou as religiões em geral, não ajudam nada nisto, porque historicamente foram nesse sentido errado e simplesmente ainda não se adaptaram. Não nos podemos esquecer que há 500 anos quem dissesse que a Terra andava à volta do Sol arranjava chatice da grossa. 5 - Por vezes sinto, nos dias de hoje, que estou sentado num barril de pólvora a olhar para um monte de incendiários a brincar com o fogo. Se o barril explode morremos todos. Mas só eu pareço preocupado. Logo eu, que até tenho fama de maluco", concluiu, enumerando assim a sua opinião sobre o tema.

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