O último ano foi de conquistas para Noble, designação artística de Pedro Fidalgo. O músico, que ficou conhecido por temas como 'Honey' e 'Beautiful', está em busca de uma evolução na sua carreira, sendo que o objetivo passa pela internacionalização.

Em março foi convidado para tocar na Musexpo, uma oportunidade de ouro para artistas que buscam o reconhecimento internacional e, aproveitando a viagem aos Estados Unidos, deu um 'salto' a Las Vegas onde gravou um videoclipe.

Agora prepara-se para dar um enorme concerto, marcado para o dia 27 de maio no Multiusos de Guimarães, para o qual o Notícias ao Minuto tem entradas oferecer (mais informação no final da entrevista).

Foi aos Estados Unidos recentemente. O que andou a fazer por lá?

Começámos há um ano a trabalhar no nosso projeto de internacionalização e esta foi a primeira vez que estivemos lá fora a tocar. Fomos uma das bandas convidadas para fazer parte da Musexpo. No fundo, é a maior conferência da indústria da música.

Tivemos o privilégio de tocar e aproveitámos para dar um saltinho a Las Vegas para filmar o videoclipe para um novo single. Também nos fortalecemos enquanto banda. Foram os primeiros passos para que a nossa música chegue mais longe.

O público recebeu-o bem?

Não é um público normal, tem público também, mas a maioria das pessoas estão relacionadas com a indústria da música. Estamos a falar de agentes, managers, diretores de editoras...

Queremos que os portugueses se sintam orgulhosos do que estamos a fazer e do nosso trabalhoÉ como se fosse um evento para encontrar novos talentos.

Exatamente. A responsabilidade era bastante elevada, mas vamos sempre da mesma forma para o palco: com aquele friozinho na barriga com tudo aquilo que a música representa para nós. Vamos com uma atitude muito positiva para criar uma experiência boa para quem nos está a ver e para nós. Felizmente, já sentimos que começa a dar algum fruto. Queremos que os portugueses se sintam orgulhosos do que estamos a fazer e do nosso trabalho.

Sempre esteve nos planos do Noble ir lá para fora?

A internacionalização sempre foi uma das coisas de que tinha mais certeza na minha vida, sempre quis levar a música o mais longe possível.

Apesar de estar a tocar tão longe e para pessoas que nunca tinha visto na vida, senti-me estranhamente em casa

Imagino, então, que naquele momento se tenha sentido em casa.

Por acaso senti! É muito curioso, porque apesar de estar a tocar tão longe e para pessoas que nunca tinha visto na vida, senti-me estranhamente em casa. Isso deu-me uma sensação de conforto. Parecia que o que estava a fazer era o mais correto.

Olhava para o lado e via alguém a passear na rua de cueca fio dental e peruca loira e já não me sentia tão mal

Foi difícil gravar o videoclipe em Las Vegas? Não teve vergonha de estar a cantar na rua à frente das pessoas?

Em Las Vegas vês tudo aquilo que podes imaginar nos teus sonhos mais selvagens, por isso, andar ali um gajo na rua, com um fato de cetim cor de rosa a dançar ao som de uma canção que nunca ninguém ouviu, isso para eles é 'soft' [tranquilo].

Olhava para o lado e via alguém a passear na rua de cueca fio dental e peruca loira e já não me sentia tão mal. Pensava 'eu aqui sou só mais um, deixa-me divertir enquanto o faço'.

Poder simplesmente tocar a minha música para estranhos é o que eu mais quero fazer

Há alguma coisa que ainda o prenda a Portugal?

As únicas coisas que me prendem são coisas que também me libertam ao mesmo tempo: a minha família. De resto, não há nada que me diga que não possa sair. Não estou a dizer ir embora, porque não consigo ir embora deste país fantástico, adoro a minha cidade, adoro dormir em casa todos os dias, é um conforto que não tem explicação, mas também quero passar muito tempo lá fora e conhecer pessoas novas. Poder simplesmente tocar a minha música para estranhos é o que eu mais quero fazer.

Também lançou um novo single 'I Give Up'. A música tem uma ligação pessoal?

É uma canção que diz que temos de ter maturidade emocional para saber sair quando estamos em alta, é quase como Las Vegas e o jogo. Quando sentes que já não tens nada de bom para oferecer a alguém, é sair antes que as memórias boas sejam substituídas por momentos mais negativos na tua vida e na tua relação. É pedir desculpas por não ter mais para dar.

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Tem um concerto marcado no Multiusos de Guimarães. Está nervoso?

Nervosíssimo! É a primeira vez é que estamos a fazer uma produção nossa, estamos a preparar uma noite única. Estamos muito entusiasmados, vai ser um momento muito importante nas nossas carreiras. Vamos ter algumas surpresas, convidados incríveis e apresentaremos várias canções que ainda não foram editadas. Estamos a preparar a logística do concerto que não fazia ideia mas dá muito trabalho. Estamos todos ansiosos para acordar no dia 28 e dizer 'pronto, correu tudo muito bem, foi uma noite memorável'.