De acordo com o município, “de forma a criar condições para desenvolver a experiência e facilitar o processo de integração, os ‘novos brigantinos’ têm assegurado gratuitamente, durante o mês de maio, o alojamento com todas as comodidades para garantir a qualidade de vida e a possibilidade de trabalhar remotamente".

As famílias selecionadas serão ainda recebidas com a oferta de "um cabaz de boas-vindas com produtos regionais" e podem candidatar-se a partir de hoje ao abrigo do programa "Bragança - Liberdade para Recomeçar", inserido num projeto-piloto do programa de cooperação URBACT – Find Your Greatness.

O projeto é financiado pela União Europeia e promove a implementação de ações piloto, como forma de aprendizagem e de troca de experiências para a promoção do desenvolvimento sustentável em cidades da Europa, segundo a informação disponibilizada pela autarquia.

De acordo com o município transmontano, "trata-se de uma experiência social a pensar em pessoas ativas com possibilidade de desenvolver a atividade profissional de forma remota e com vontade de explorar diferentes ambientes de trabalho".

"Assume-se como uma nova abordagem de promoção de Bragança e da economia local, divulgando o destino como o ideal para trabalhar remotamente, fora de casa, com flexibilidade e liberdade", sustenta.

Através deste projeto, a Câmara quer "divulgar a qualidade de vida que Bragança tem para oferecer a quem optar por viver e trabalhar a partir" deste território, bem como "sublinhar que é possível estar ligado com o mundo laboral e, ao mesmo tempo, usufruir de um território convidativo para fazer uma pausa e/ou desligar do ritmo frenético do dia-a-dia".

Os participantes são desafiados a viver de forma autónoma no concelho e a partilhar a sua experiência através das redes sociais.

No final, será partilhado um documentário com o intuito de transmitir o dia-a-dia, de partilhar aprendizagens e de aferir a eficácia da ação piloto.

O presidente da Câmara, Hernâni Dias, acredita no sucesso do desafio "recomeçar em Bragança", tendo em conta as alterações no trabalho, nomeadamente o teletrabalho, impostas pela pandemia covid-19.

Para o autarca, esta experiência mostrou que "muitas atividades podem ser desenvolvidas a partir de qualquer parte do mundo" e, "no último ano, os portugueses redescobriram os encantos do Interior" com a pandemia de covid-19.