A carência de pessoal e a "falta de resposta” da autarquia aos “sucessivos pedidos de reunião” foram os motivos que levaram cerca de 50 assistentes do pré-escolar e jardins-de-infância a participar neste plenário, pelas 10:00, disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), José Abrão.

“Os trabalhadores que desempenham funções no pré-escolar da responsabilidade da câmara estão exaustos, cansados e saturados de andar a cobrir falhas de recursos humanos”, frisou.

Segundo o sindicalista, esta situação está a levar ao desrespeito do rácio de um assistente por sala, fazendo com que os trabalhadores fiquem responsáveis por “duas salas e, em alguns casos, até mais”.

“Nós sabemos que é um problema transversal ao conjunto dos serviços públicos […], mas o que é facto é que a autonomia de que goza a Câmara Municipal de Almada, como todas as outras, pode ser utilizada para suprir e resolver estes problemas de falta de recursos”, referiu.

De acordo com José Abrão, foram muitos os pedidos de reunião sem resposta por parte do município, contudo, na noite passada “chegou ao ‘e-mail’ da secção regional do Alentejo a convocatória” para dia 18 de julho.

“Não era necessário chegarmos a uma situação como esta em que os trabalhadores têm que exigir, lutar e protestar pela falta de diálogo. Só quando se protesta é que há algo e as reuniões são marcadas”, lamentou.

O SINTAP espera chegar a um acordo com a autarquia, mas afirmou que, “se não houver resposta, está sempre em cima da mesa o recurso a outras formas de luta, incluindo a greve”.

“A preocupação neste momento é que a abertura do ano letivo no concelho de Almada se faça sem nenhuma perturbação e se faça com o número de profissionais bastante”, sublinhou.