Segundo dados divulgados pela DGS, 63% dos partos ocorridos no domicílio foram assistidos por médicos e 30% por enfermeiros.

No entanto, escreve o jornal Público, a Ordem dos Médicos (OM) sempre "desaconselhou e continua a desaconselhar o envolvimento de profissionais médicos nos partos no domicílio", diz o médico obstetra João Bernardes, presidente do Colégio de Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia.

O médico admite que face à evolução dos números, "impõe-se" uma investigação, cita o referido jornal.

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Segundo aquele meio de comunicação, a OM está a investigar os casos de parto ao domicílio assistidos por médicos por considerar que a sua ocorrência pode configurar má prática clínica.

Em 2020, nasceram 1.001 bebés em casa, ou seja, mais 367 (72%) do que no ano anterior. Esses dados representam uma percentagem pequena da totalidade dos partos em solo nacional: os partos no domicílio representaram apenas 1,3% dos 83.784 nascimentos que se verificaram durante todo o ano de 2020 em Portugal.

No entanto, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de partos em casa tem "vindo a subir ligeiramente" desde 2017.

O número de partos ao domicílio cresceu de 572 em 2017 para 614 em 2018 e depois para 634 em 2019.