Juntos, os dois chefes convidam a provar o seu menu a quatro mãos a 14 de dezembro, ao almoço (às 13h00) ou ao jantar (às 19h30). Na ementa do Fogo estarão iscas, cabidela ou chanfana, entre outros pratos do receituário tradicional português, cozinhados em fogo lento, na chama ou na brasa.

Na base de todo o receituário nacional, a cozinha de fogo é algo que fascina o chefe Alexandre Silva há muito tempo, antes mesmo da criação do restaurante Loco. Detentor dos restaurantes Loco (uma estrela Michelin) e Fogo, em Lisboa, há 11 anos que esta ideia cozinhava em lume brando na sua cabeça, mas só em dezembro de 2019 a conseguiu concretizar com a abertura de um espaço. Com uma equipa de 24 pessoas e 60 lugares sentados, o investimento feito no restaurante Fogo esbarrou contra a pandemia. Este ano, o espaço reabriu portas com força redobrada para aquecer e reconfortar os ânimos - e estômagos - de todos.

A chama do Fogo vai arder a quatro mãos no jantar com os chefes de cozinha Alexandre Silva e A chama do Fogo vai arder a quatro mãos no jantar com os chefes de cozinha Alexandre Silva e Ricardo Nogueira
Chefe de cozinha Ricardo Nogueira. créditos: Fogo

Dificilmente existe outro elemento tão antigo e tão fascinante como o Fogo. Este, que os Humanos aprenderam a domesticar há 350 000 anos, e que se tornou primordial na arte de cozinhar os alimentos, continua a fascinar as pessoas e os chefws. No restaurante Fogo, trabalha-se com um elemento vivo nas suas várias intensidades. Do forno a lenha à brasa, do grelhador (robata) aos tradicionais potes de ferro, ali a chama é mantida acesa a toda a hora e domá-la à sua vontade é uma arte. Alexandre Silva destaca isso mesmo: “o fogo é um elemento vivo – e todos os dias é diferente. Tem de ser dominado. Mas ninguém queira dominar o fogo – porque dificilmente o vamos controlar”, considera o chefe, que admite precisar de sair da sua zona de conforto para se sentir motivado. “Tens de trabalhar todos os dias com o fogo para saberes lidar com ele. Texturas estaladiças, sabores, tudo isso é trabalhado aqui, na hora”.

A chama do Fogo vai arder a quatro mãos no jantar com os chefes de cozinha Alexandre Silva e Ricardo Nogueira
créditos: Fogo

O mesmo defende Ricardo Nogueira, que faz o mesmo trabalho diário no seu Mugasa, em Sangalhos, há 30 anos na família. “Vir a Lisboa cozinhar no Fogo com o Alexandre Silva é sem dúvida uma experiência única. Admiro muito alguém que teve a coragem de abrir um espaço exclusivamente em torno do fogo”, considera.

A refeição custa 75 euros por pessoa (bebidas incluídas). As reservas podem fazer-se pelo tel. 217 970 052 ou pelo email fogo.reservas@alexandresilva.pt