Aqui fica o apontamento de quem viveu os dias de esforço, dedicação e espírito de equipa, na Associação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal:
«Mais do que o cansaço, o alívio que sentiram no final da competição de menu frio - a última das duas provas - só era ultrapassado pela curiosidade em saber dos resultados.
Finalmente, quando souberam que tinham ganho duas medalhas de prata e quatro medalhas de bronze, ficava apenas a satisfação de ver nelas reflectido o trabalho dos últimos anos, os sacrifícios, a persistência, os erros e as correcções insistentes desses erros. Assim como o espírito de equipa.
Nas cerimónias de entrega das medalhas, juntavam-se os cozinheiros de todos os países presentes na competição. Muitos cruzaram-se nas cozinhas, conheceram-se em diferentes momentos das Olimpíadas. Aplaudiam-se uns aos outros na entrega das medalhas. Apenas porque qualquer partilha significava uma aproximação. Tal como aconteceu entre as equipas portuguesas e a equipa sénior de África do Sul, com quem partilharam as cozinhas da clínica desde o primeiro dia de trabalho.
As equipas eram chamadas ao palco para receber os diplomas e medalhas. E no final foram conhecidos os países vencedores de cada um dos tipos de equipas: juniores, seniores e militares.
Muitas diferenças existiam entre as equipas. Não só culturais. Mas sobretudo em termos de investimento feito nas competições: há casos em que os cozinheiros se dedicam exclusivamente às equipas. Ou mesmo casos em que o número de patrocinadores ou de apoios do Estado permite às equipas ter óptimas condições de trabalho para a participação nas Olimpíadas.
No entanto, em comum entre todos os cozinheiros presentes fica a entrega, o esforço e a intensidade do trabalho especialmente durante os três dias do evento.
Para as equipas portuguesas foi mais uma prova de que é possível, com muito trabalho, alcançar bons resultados entre os melhores cozinheiros do mundo.»