O caracol, uma iguaria de confeção tradicional, está muito enraizada na cultura do Sul do país, embora sendo mais comum também na região Norte. Uma herança dos povos mouriscos que se fixaram historicamente no território nacional. O seu consumo associa-se ao tempo quente, época do ano em que, nos campos, as ervas começam a secar, tornando os caracóis menos amargos.

O caracol vai ao polígrafo. Quem sabe mais sobre este amigo do petisco?
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Este é o período indicado para a degustação do nosso tão desejado caracol. Em Loures, a festa dura de 11 a 28 de julho e promete atrair, tal como em anos anteriores, mais de cem mil visitantes, de acordo com números da autarquia.

Momento para apreciar, junto ao Pavilhão Paz e Amizade, um leque variado de petiscos, entre eles, o tradicional Caracol cozido, mas também a Caracoleta à Bulhão Pato, os Rissóis de caracol, os Ovos mexidos com caracoleta e farinheira, Chili de caracoleta, Espetada de caracoleta à setubalense. Uma festa que, à semelhança de anos anteriores, promete levar à mesa perto de 20 toneladas de caracóis. A servi-las, as tasquinhas que estarão montadas no recinto do Festival.

Além de caracóis e caracoletas, a agenda da iniciativa faz-se com música, um espaço de animação infantil e demonstrações diárias de cozinha ao vivo tendo por mote receitas deste concelho saloio.

No exterior da tenda principal, existirá ainda uma área de street food, em alternativa aos pratos de caracóis, e uma área de artesanato, onde dezenas de artesãos, maioritariamente de Loures, farão mostra da sua arte e criatividade.

Em ano em que comemora a vigésima edição, o Festival do Caracol Saloio introduz a utilização de copos reutilizáveis.