Portugal tem hoje 2.101 novos casos de infeção pelo coronavirus SARS-CoV-2, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Mais de metade dos novos casos (54,5%) foram registados no Norte do país.

Portugal contabilizou até esta quinta-feira 2.128 mortes associadas à COVID-19 e 93.294 casos de infeção, de acordo o documento. Em relação a quarta-feira, registaram-se mais 11 óbitos, 2.101 infetados e 588 recuperados. Ao todo há 55.081 casos de recuperação assinalados em território nacional. 

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 934 óbitos (+2 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (857 +7), Centro (275 +2) e Alentejo (26 =). Pelo menos 21 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 993 doentes internados, mais 36 que ontem, e 139 em unidades de cuidados intensivos, mais quatro do que na quarta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 36.085 casos ativos da infeção em Portugal - mais 1.502 que ontem - e 51.601 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 1.057 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 45.521 (+733), seguida da região Norte (35.807 +1.146), da região Centro (7.511 +163), do Algarve (2.080 +13) e do Alentejo (1.764 +40). Nos Açores, existem 306 casos confirmados (+1) e na Madeira 305 (+5).

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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.433 (+8) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (416 +1), entre 60 e 69 anos (181 =), entre 50 e 59 anos (66 +1) e 40 e 49 anos (24 +1).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.066 (+5) são do sexo masculino e 1.062 do feminino (+6).

A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 15.405 (+449), seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 15.215 (+342) e da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 15.211 (+366).

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 42.523 (+990) homens infetados e 50.762 (+1.102) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 180 casos.

Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje
Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje créditos: SAPO

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Portugal entrou hoje em situação de calamidade e com novas regras

Portugal continental entrou às 00:00 de hoje em situação de calamidade devido ao aumento do número de casos de covid-19, com novas regras restritivas para travar a expansão da pandemia. Depois de um mês em situação de contingência, o nível de alerta em Portugal continental aumentou para calamidade e vai manter-se, pelo menos, até 31 de outubro, altura em que o Governo fará uma reavaliação.

Com a declaração de situação de alerta, nível máximo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, entram em vigor oito novas regras e medidas aprovadas na quarta-feira pelo Governo.

Os ajuntamentos estão limitados a partir de hoje a cinco pessoas na via pública e em outros espaços de natureza comercial e de restauração, exceto se pertencerem todos ao mesmo agregado familiar.

Os eventos de natureza familiar, como casamentos ou batizados, marcados a partir de hoje, passam a estar limitados a um máximo de 50 participantes. Nas universidades e politécnicos são agora proibidas festas que não tenham a ver com as aulas, nomeadamente receções aos novos estudantes e praxes.

A PSP, GNR e ASAE vão reforçar a fiscalização das regras de controlo da pandemia de covid-19 na via pública e junto dos estabelecimentos comerciais e de restauração.

Os valores das coimas para estabelecimentos comerciais e de restauração que não cumpram as regras quanto à lotação e ao afastamento serão aumentados para um teto máximo de dez mil euros.

O Governo recomenda ainda o uso de máscaras na rua, sempre que não for possível manter o distanciamento social necessário, assim como a instalação da aplicação Stayaway Covid e a comunicação de teste positivo através desta.

A intenção do Governo é que o uso da máscara na rua e a utilização da aplicação stayaway covid em contexto laboral e escolar passe a ser obrigatório, tendo, para tal, enviado para o parlamento uma proposta urgente.

A Região Autónoma da Madeira tem estado já em situação de calamidade, bem como as cinco ilhas dos Açores com ligações aéreas ao exterior do arquipélago (São Miguel, Santa Maria, Terceira, Faial e Pico). As restantes quatro ilhas açorianas (Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo) estão em situação de alerta.

Mais de 38.571.770 pessoas foram infetadas em todo o mundo com o novo coronavírus desde que este foi descoberto em dezembro na China, indica o balanço de hoje da agência France-Presse. O número de mortos no mesmo período foi de 1.093.624 e pelo menos 26.662.700 pessoas são consideradas curadas, segundo a AFP.

Nas últimas 24 horas registaram-se 5.948 mortos e 365.249 novos casos de COVID-19. Os países que registaram mais mortes no último dia foram os Estados Unidos com 794 mortos, o Brasil com 749 e a Índia com 680.

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