A investigação, divulgada hoje pela faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, vai tentar desvendar como o cruzamento entre espécies e as alterações genéticas podem impulsionar a evolução e envolve uma equipa interdisciplinar que conta com a participação de várias instituições portuguesas.

A equipa internacional é coordenada por Molly Schumer, professora da Universidade de Stanford, Estados Unidos, e integra também Claudia Bank, investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Institute of Ecology and Evolution da Universidade de Berna, na Suíça; e Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Os investigadores propõem-se estudar as consequências do cruzamento entre diferentes espécies, focando-se na análise de peixes de água doce que hibridizam e vivem em diferentes ambientes, procurando compreender como respondem a vários fatores de stress ambiental e quais os mecanismos genéticos que utilizam para o fazer.

Para Vítor Sousa, o financiamento do HFSP "vai permitir o desenvolvimento de novas linhas de investigação, combinando abordagens da matemática à genómica e à química ambiental, para abordar uma questão de longa data em Biologia Evolutiva".

Em 2020, o HFSP - baseado em Estrasburgo e dedicado à promoção de projetos científicos colaborativos -, atribuiu oito bolsas Young Investigator, tendo recebido mais de uma centena de candidaturas.

Estas bolsas têm como objetivo promover novas abordagens para problemas em Biologia fundamental com equipas de investigadores de diferentes áreas científicas e nacionalidades.