O novo governo dos Estados Unidos agradeceu esta quinta-feira (21) à Organização Mundial da Saúde (OMS) por liderar a resposta global contra a pandemia do coronavírus e mais uma vez garantiu o seu apoio financeiro à instituição.

Os Estados Unidos, que anunciaram seu retorno à OMS na quarta-feira, "pretendem honrar as suas obrigações financeiras com a organização", garantiu o imunologista Anthony Fauci em reunião do conselho executivo da instituição da ONU em Genebra.

O presidente americano, Joe Biden, assinou na quarta-feira (20) uma série de decretos, inclusivamente uma ordem para que o país volte a estar comprometido com o Acordo Climático de Paris e um documento para anular a decisão de deixar a OMS.

"Vamos combater as alterações climáticas de uma forma que não tínhamos tentado até agora", disse Biden aos jornalistas, após assinar os decretos que incluem medidas de proteção ambiental, mas também normas para combater a pandemia da COVID-19.

O presidente indicou que as suas ações contra a doença, que provocou mais de 400.000 mortos no país, "ajudarão a mudar o curso da crise".

Entre as medidas está a obrigatoriedade do uso de máscaras em instalações federais, transporte interestadual e para funcionários do governo central.

Outra decisão adotada é a suspensão das obras do muro de fronteira com o México e iniciativas para ampliar a diversidade e a participação das minorias no governo federal.

Biden procura distanciar-se do seu antecessor Donald Trump e definir o rumo de seu governo com esta série de decretos assinados, poucas horas após assumir o cargo.

O retorno ao Acordo do Clima de Paris, que os Estados Unidos adotaram em 2016 durante a presidência de Barack Obama, quando Biden era vice-presidente, foi elogiado por outros líderes. “Bem-vindo”, comemorou o Presidente da França, Emmanuel Macron.

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, celebrou a decisão, mas pediu a adoção de um plano "ambicioso" contra o aquecimento global.

“Esperamos a liderança dos Estados Unidos na aceleração do esforço global em direção ao zero [em emissões de carbono], incluindo a apresentação de uma nova contribuição nacional com metas ambiciosas para 2030 e financiamento climático antes da COP26 em Glasgow no final deste ano", acrescentou.

Os assessores de Biden anunciaram que ele aprovaria 17 decretos, mas a imprensa teve que deixar o gabinete antes que o presidente terminasse de assinar os documentos.