“Se foi vacinado há mais de seis meses, peço-lhe que faça uma marcação. A partir de 15 de dezembro, vai ser necessária uma nova dose para prolongar a validade do seu passe sanitário”, anunciou o chefe de Estado numa comunicação transmitida em direto nas rádios e televisões francesas.

O passe sanitário em França permite aceder a todos os locais públicos, desde restaurantes a bares, como também a concertos e espetáculos e Emmanuel Macron indicou que o controlo deste documento será reforçado nos próximos dias.

Como a vacinação não é obrigatória em França, é possível ter também o passe sanitário através da realização de testes antigénio ou PCR, que não são comparticipados sem receita.

Esta foi a forma encontrada por Emmanuel Macron para pressionar as pessoas mais idosas a tomarem uma terceira dose da vacina, já que, desde o início de setembro, poucas pessoas acorreram aos centros de vacinação.

Com o receio de uma quinta vaga e agravamento do número de casos do novo coronavírus no país, o site Doctolib, parceiro do Governo francês na vacinação, registou na segunda-feira um novo recorde de marcações, mesmo antes do esperado anúncio de Macron.

Também as pessoas entre os 50 e os 64 anos vão começar a ser chamadas para a terceira dose a partir do início de dezembro, segundo o Presidente.

Para os próximos dias são esperados mais anúncios sobre as seguintes fases da vacinação por parte do Governo.

Em França, há cerca de 50 milhões de pessoas vacinadas e na segunda-feira foram registados 12.476 novos casos, com o país a ter registado mais de 118 mil mortos desde o início da pandemia.

A covid-19 provocou pelo menos 5.053.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 250,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.217 pessoas e foram contabilizados 1.099.307 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.