A empresa anunciou em comunicado que as bolsas servirão para ajudar a reduzir as disparidades na saúde, melhorar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade, promover a educação médica e apoiar as comunidades locais mais afetadas pela epidemia do VIH e pela pandemia de covid-19.

Os beneficiários deverão concentrar-se no avanço em pelo menos uma das três áreas de interesse definidas: Inovação em VIH, Inovação em Saúde Digital e Educação e Sensibilização Comunitária.

O programa - “Zeroing In: Ending the HIV Epidemic” - apoiará 116 organizações em 41 países, incluindo Portugal.

“Embora a comunidade VIH tenha feito enormes progressos para acabar com a epidemia do VIH, a pandemia de covid-19 criou barreiras e agravou as desigualdades em saúde nas comunidades mais vulneráveis” disse Alex Kalomparis, da Gilead Sciences, citado no comunicado.

Para impulsionar o progresso nas comunidades locais, as organizações ‘Zeroing In’ darão prioridade às populações mais afetadas pela epidemia do VIH: “Isto inclui projetos de organizações locais focadas em acabar com a epidemia do VIH nas suas respetivas cidades, estados, países ou regiões”, acrescenta a nota.

Estão definidas três áreas de interesse, entre elas os programas de inovação compreensiva no VIH, que inclui os esforços de testagem para colmatar as lacunas no rastreio e prevenção, programas de serviços de apoio e de prevenção.

A inovação em saúde digital é outra das áreas definidas e envolve as estratégias para promover a literacia em saúde nas áreas de acesso aos serviços de saúde digitais, o apoio ao acesso digital em zonas rurais para melhorar os resultados em saúde das pessoas que vivem com VIH ou o apoio à educação em saúde digital das pessoas com barreiras linguísticas, populações envelhecidas, indígenas, migrantes e populações estigmatizadas.

A terceira área de interesse definida é a sensibilização e educação comunitária, onde se incluem os programas de iniciativa comunitária para desenvolver recursos para os trabalhadores e voluntários na comunidade, quebrar as barreiras entre comunidades e prestadores de serviços, reduzir o estigma e melhorar a literacia sobre o VIH.

Também citada no comunicado, a presidente da Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a Sida”, Filomena Frazão de Aguiar, disse que com este financiamento será possível avançar com a iniciativa “Plus Project”, que visa promover o diagnóstico de novos casos de infeção por VIH, VHB e VHC, através da realização de rastreios de base comunitária, e que aposta na efetiva ligação e retenção dos novos casos que vierem a ser diagnosticados.

“O apoio financeiro da Gilead permitirá o ‘scale up’ da prevenção, rastreio, ligação e retenção nos cuidados de saúde nas comunidades mais vulneráveis ao VIH e hepatites víricas, num contexto geográfico de grande escassez de respostas adaptadas a estas populações”, considerou, por seu lado, o diretor executivo do GAT, Ricardo Fernandes.