A agressividade está relacionada com a nossa capacidade de lutar, de dominar a vida, de conquistar o que queremos. Desde muito cedo, aprendemos que a agressividade é algo mau, pois está diretamente associada às nossas insatisfações, raivas, ódios e fúrias. No entanto, a agressividade é muito mais do que isso. Na verdade, está relacionada com a nossa capacidade de ir à luta, de dominar a vida, de alcançar o que queremos. Sem esta energia, que é tantas vezes incompreendida, perdemos a nossa força, a nossa vontade, determinação, e tornamo-nos seres dominados e até mesmo pisados pela vida.

Sim, a agressividade pode ser muito destrutiva, claro, mas se for bem orientada, devemos a ela tudo o que somos e conquistamos.

Sabe aquele curso que fez para se tornar mais competente no trabalho? As três línguas que aprendeu a falar? A pessoa que desejava tanto e que agora está ao seu lado? O emprego que ambicionava e para o qual se preparou tanto? Pois bem, tudo isso foi conquistado graças à sua agressividade.

A agressividade, quando bem direcionada, é um impulso positivo que nos leva na direção do que queremos, que nos permite evoluir e desenvolver as nossas capacidades. Só nos tornamos independentes graças a essa força, que nos faz romper com tudo e todos que tentam dominar-nos e oprimir-nos. A nossa força de vontade é gerada por esse impulso agressivo que todos temos dentro de nós, uns com mais força, outros com menos.

A agressividade está associada a Marte na astrologia, o conhecido deus da guerra e dos combates.

Na mitologia grega, o deus da guerra é chamado Ares, um deus sem inteligência, destrutivamente agressivo, com um ódio imenso e sangrento, que ama contendas, o sangue e a crueldade. Ele era odiado e desprezado por Zeus, o grande deus do Olimpo. Ares estava sempre acompanhado de dois escudeiros: Demos (medo) e Phobos (pavor). É aquele tipo de pessoa que dispara primeiro e só depois tenta entender o que está a acontecer, sendo destrutivamente agressivo e dominado pelos seus medos.

Diferente do Marte romano, que era também um deus de guerra e combativo, mas que ocupava uma posição de respeito no Olimpo, associando-se também à fertilidade, ao crescimento e ao vir a ser. Enquanto medo e pavor eram os escudeiros de Ares, os de Marte eram Honos (honra) e Virtus (virtude); Marte foi um deus que honrou a sua verdadeira natureza.

Nestas duas características do deus da guerra e do combate, conseguimos entender as duas naturezas da agressividade: uma cega e destrutiva, e outra, uma força que afirma a sua existência e honra o seu próprio ser. A segunda força agressiva precisa da companhia de outro deus, Mercúrio, o deus da inteligência e das estratégias, pois quando nos sentimos ameaçados ou queremos conquistar algo, a única forma de usar a nossa força é através da inteligência. Desta forma, trazemos à tona a nossa agressividade positiva.

Procure no seu mapa o signo e a casa onde se encontra Marte, e vai perceber melhor de que forma usa a sua agressividade, se de forma positiva ou destrutiva, e comece já um trabalho em si mesmo para direcionar ou redirecionar essa energia no sentido das suas metas e objetivos de vida. Esse é um trabalho que deve fazer através do autoconhecimento, e a astrologia possibilita essa viagem de uma forma natural e precisa. Não há como falhar.