Veja a análise numerológica de agosto e prepare-se para setembro

O que dizer da energia dos Arcanos do Tarot que acompanham este movimento numerológico do final de agosto?

Numa primeira observação, vemos que o Número 22, que corresponde ao Louco, em determinados momentos, e este é um deles, é aquele que mais se destaca, mas por trás dele, existem outros arcanos que sustentam todo a ação que impulsiona estes novos aprendizados.

O Louco tanto representa o início como o fim de uma etapa. Mas não é o final de algo, prenúncio do começo de outro evento?

Neste caso, o Louco representaria o final de uma etapa, a saída de cena de algo que já cumpriu o seu papel nas nossas vidas, e mesmo rotos e esfarrapados, despojados de tudo o que é inútil (não tem utilidade neste momento, mas já teve, e por isso devemos estar agradecidos e reconhecidos), somos capazes de continuar a nossa jornada noutro nível de consciência, noutro plano, de outra forma, usando outros recursos, nomeadamente aqueles que fomos acolhendo e incorporando ao longo desta última etapa que agora vai ficando para trás.

Este não é um momento para sentir pena, desespero, raiva, revolta. Este é um momento de nos despedirmos dessa condição anterior, dessa máscara que já não nos serve mais, dessas crenças que já cumpriram a sua função.

Pode ser sentido como uma fase de luto, mas não é de todo um momento para nos apegarmos ao que quer que seja. É precisamente o contrário.

É um tempo de largar, de entregar, de reconhecer que foi bom, ou menos bom, desagradável, desconfortável ou maravilhoso, etc. De qualquer forma, seremos sempre nós, e apenas nós, a qualificar a experiência, nada mais. Cada experiência terá o valor que lhe quisermos dar. E não, não me enganei no verbo, é mesmo o que "quisermos" fazer dessa experiência.

Através do olhar do Louco, podemos transformar qualquer coisa positiva em negativa e vice-versa, é uma questão de escolha pessoal.

O Louco vai caminhar connosco ao longo dos próximos dias, de maneira a nos mostrar de todas as formas possíveis, que aquilo que nós vivemos, teve significado, teve conteúdo e não foi em vão.

Houve um propósito nisto tudo, que para nós pode permanecer oculto ou pouco claro, mas ele fará com que nós nos apercebamos que foi real para nós e que cumpriu a sua função. Depois disto ele nos deixará por nossa conta, outra vez, para que novas experiências e lições possam surgir, e no fim desse processo ele retornará, pois tal como o Sol ou como a Lua, o seu percurso é cíclico - ele sempre retorna.

Mas o Louco não caminha só, ele vem sempre acompanhado pelo Imperador e pela Morte, então estes dois outros arcanos, apesar de ocultos, estão aqui bem perto der nós, apontando caminhos, incitando-nos a seguir em frente, mostrando-nos que não é o momento de desistir nem de nos abandonarmos à nossa sorte, como aparentemente o Louco parece indicar, dada a sua postura, vestes, conduta e todo o cenário que o envolve.

O Imperador mostra-nos que devemos estar prontos para qualquer eventualidade, mas que devemos permanecer calmos diante das adversidades e dos conflitos naturais com os quais a vida nos confronta tantas vezes.

O Imperador é aquele que está sempre a postos para tomar decisões, enfrentando o perigo, mas é também alguém que se preparou com antecedência, que se organizou, no sentido de poder caminhar em qualquer direção e que não receia sair do seu lugar de conforto para ir combater o Bom Combate.

E é isso que devemos observar agora, neste exato momento: estaremos preparados para o que der e vier? Como está a nossa organização pessoal? Somos disciplinados? Estamos habituados a decidir rápida e eficazmente? Ou precisamos de um comando para agir? Perturba-nos o facto de termos que lidar com a prontidão? Com a mudança? Aquela mudança que este mês tanto apontou, através do seu regente 5?

Só depois de termos respondido a estas e outras questões e de termos vasculhado a profundidade do nosso ser, poderemos, estar ao nível do Imperador, pois daí estaremos aptos a lidar com a Morte, Aquele Arcano Sem Nome, que assombra aqueles que não atingem a profundidade da sua mensagem.

Evidentemente não se trata aqui de uma morte física, mas sim de uma (ou mais) morte simbólica.
Algo terá de morrer, de ser sacrificado, para que o novo possa surgir. A morte como momento e oportunidade de regeneração do nosso próprio ser. Talvez tenhamos que sacrificar pedaços do ego inferior, como a vaidade, a arrogância, a perfídia, a luxúria, a gula, etc. para nos elevarmos na nossa magnificência e nos tornarmos quem nascemos para vir a SER!

Eva Maria
Numerologia & Tarot