A costela-de-adão é uma das plantas mais trendy do momento e também uma das mais desejadas como planta de interior. Foi batizada de Monstera deliciosa por causa do tamanho surpreendente que muitas chegam a atingir mas ficou popularizada com o nome da parte do corpo de Adão, o primeiro homem, que Deus terá tirado para dar vida a Eva, a primeira mulher, de acordo com os registos bíblicos. "Deve o seu nome ao facto de as suas folhas terem esta maravilhosa forma de costelas", refere Teresa Chambel.

"São plantas que, na natureza, crescem agarradas às árvores, daí terem raízes que aparecem, para que as plantas tenham suporte a crescer. Devemos, por isso, colocar-lhes um tutor ou uma estrutura de apoio", sublinha a arquiteta paisagista, blogger, autora de livros de jardinagem e diretora da revista Jardins. Em termos de condições de cultivo, há, de imediato, uma coisa a reter. "Gosta de muita luz sem sol direto", avisa a especialista, que no vídeo que se segue aponta os cuidados a ter com a costela-de-adão.

Para cultivar a costela-de-adão, é essencial manter o substrato "muito bem drenado", esclarece Teresa Chambel. A arquiteta paisagista costuma utilizar "três partes de substrato universal e uma parte de substrato orquídeas", confidencia. Em termos de manutenção, exige regas regulares. "É importante manter o substrato sempre húmido", refere a blogger, que recomenda ainda dois gestos fundamentais. "Fertilização mensal com fertilizante para plantas verdes e limpar as folhas regularmente", aponta ainda.

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"Deve também pulverizá-la de manhã nos dias mais quentes", aconselha. "É muito fácil propagar a costela-de-adão. Basta cortar um ramo com uma ou mais folhas abaixo de uma raiz externa, colocá-las num recipiente com água, que se deve ir renovando, e, depois, deixar que apareçam raízes finas e brancas. Este processo demora cerca de um mês", refere a autora do livro de jardinagem "Um jardim para cuidar". Plantar a costela-de-adão em vaso drenado com substrato adequado é outra das recomendações da diretora da revista Jardins, que desvenda ainda uma série de curiosidades. Uma delas prende-se com a sua toxicidade.

"Esta é uma planta que pode ser tóxica se ingerida em grandes quantidades. São muitas as plantas da família das Araceas que o são. Estas variedades botânicas produzem oxalatos para evitar que os predadores as comam. Normalmente, a intenção não é matá-los mas, sim, que lhes saiba mal para que não as comam", refere. "O nome científico desta planta, como a maior parte dos nomes, diz-nos algo sobre ela, Monstera porque é muito grande e deliciosa porque o seu fruto é comestível", revela a diretora da Jardins.

"No Brasil, de onde esta planta é nativa, chama-se abacaxi-do-reino ou banana-do-mato. Também é referida, nalgumas regiões brasileiras, como banana-de-macaco", diz a arquiteta paisagista. "Este fruto só se deve comer quando está totalmente maduro, quando começa a cheirar a abacaxi e a casca a soltar-se, pois, estando ainda verde, antes de amadurecer, pode ser tóxico", refere. "Pode demorar um ano a amadurecer", esclarece. "No interior, não dá flor nem fruto", informa ainda a especialista portuguesa.